Jornalismo no futebol: apenas entretenimento ou há espaço para profundidade?

  • Gustavo Kotelak Centro Universitário Autônomo do Brasil – UniBrasil
  • Pietro Zeni De Lazzari Centro Universitário Autônomo do Brasil – UniBrasil
  • Renato De Paula Baptista Centro Universitário Autônomo do Brasil – UniBrasil
  • Rodolfo Stanki
Palavras-chave: jornalismo, futebol, entretenimento, profundidade,

Resumo

Este artigo propõe-se a analisar duas vertentes do jornalismo sobre futebol: a que prioriza o entretenimento e também a que valoriza os aspectos mais complexos do esporte. A imagem do jornalismo no futebol, muitas vezes, é colocada apenas como rasa e sem profundidade. No entanto, é possível verificar que veículos de comunicação no Brasil também investem para que o seu público tenha um conteúdo mais qualificado. Como meio de atestar essa tese, o artigo faz o diagnóstico através das diferenças entre o jornalismo aplicado na televisão aberta, como em programas esportivos apresentados na TV Globo e Bandeirantes, em relação ao jornalismo utilizado em canais de televisão fechados, como ESPN e Fox Sports. O ponto de equilíbrio entre informação e entretenimento passa pelo perfil do telespectador, que é o alvo do programa. O público de TV aberta e fechada são diferentes. Os programas são exibidos em diferentes horários. O telejornal esportivo diário dos canais ESPN, Sports Center, por exemplo, tem uma linguagem diferente nas duas primeiras edições, ao meio-dia e às 20 horas, se comparados com a terceira edição do dia, que passa à meia-noite. Neste, a estrutura base do programa é mantida, com muita informação, seriedade e jornalismo esportivo aplicado ao pé da letra. Porém, é mais descontraído. O motivo: neste horário, o público já está cansado e precisa de um tempo para relaxar. É importante destacar que o artigo também tem como objetivo analisar de que forma os canais fechados, que costumam problematizar com mais regularidade os assuntos que cercam o futebol, fazem para incluir o entretenimento nesses programas. Se esses canais realmente conseguem fugir do entretenimento apenas para atrair público, ou se conseguem equilibrar seriedade com descontração. Para alcançar esses resultados, o artigo vai analisar esses programas, ou fragmentos deles, que evidenciem situações em que a busca por audiência é o foco principal, ou momento em que a complexidade do tema é privilegiada. O artigo busca, por fim, desmistificar alguns conceitos preestabelecidos e verificar se algumas dessas imagens se confirmam.

Biografia do Autor

Gustavo Kotelak, Centro Universitário Autônomo do Brasil – UniBrasil
Aluno
Pietro Zeni De Lazzari, Centro Universitário Autônomo do Brasil – UniBrasil
Aluno
Rodolfo Stanki
Professor
Publicado
2016-11-08
Seção
Jornalismo