Cultura política insurgente na Espanha e no Brasil

  • Luciene Pazinato Da Silva UNIBRASIL
Palavras-chave: Autocomunicação de massa, cultura política, Internet

Resumo

O uso da Internet durante as mobilizações de rua ocorridas no início deste século XXI nos cenários políticos nacional e internacional, trouxe para o campo da pesquisa da comunicação e da política desafios ao debate das formas de participação política. A rede Internet e a comunicação móvel configuram um novo processo de organização nas ações coletivas que Castells (2009) denomina de autocomunicação de massa. A discussão das transformações de novas formas de participação na cultura política denominado de políticas insurgentes permite analisar o contexto deste fenômeno de comportamento político, a partir de pesquisa comparativa dos coletivos urbanos: a Plataforma Democracia Real Ya! que propõe discutir uma democracia real,  e impulsionou na Espanha, em maio e junho de 2011 a participação da população nos acampamentos de todo o pais, originando o Movimento 15-M, os “Indignados”; e o Movimento Passe Livre – MPL que, na luta pela tarifa zero no transporte público, mobilizou a participação da população nas manifestações de rua ocorridas  no Brasil em junho de 2013. Para esta investigação foram analisadas os noticiários dos telejornais públicos dos respectivos países, comparando a dinâmica dos coletivos quanto a organização e expansão em suas lutas e a importância das mídias sociais na configuração dos movimentos na luta política.  Portanto, destacam-se nestes fenômenos políticos contemporâneos as novas forças de relações de poder, alterando as decisões dos poderes instituídos e resignificando a própria comunicação, colocando em debate poderes locais e globais na pauta de discussão. A pesquisa esta em fase de conclusão.

Biografia do Autor

Luciene Pazinato Da Silva, UNIBRASIL

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da PUC-SP, professora de Ciências Sociais do Centro Universitário Unibrasil, Curitiba-PR. Essa pesquisa é parte integrante da investigação realizada na Universidad de Valladolid, Valladolid, Espanha financiada pela CAPES.

Publicado
2016-11-08
Seção
Serviço Social