Caracterização epidemiológica de mulheres com câncer de mama de um hospital oncológico de Curitiba

  • Rafaela Trindade do Vale Centro universitário autônomo do Brasil - UNIBRASIL
  • Fernanda de Lima Batista Centro universitário autônomo do Brasil - UNIBRASIL
  • Thais Abreu de Almeida Hospital Erasto Gaertner
  • Lisangela Cristina de Oliveira Centro Universitário Autônomo do Brasil - UNIBRASIL
  • José Cláudio Casali da Rocha Hospital Erasto Gaertner
  • Jeanine Marie Nardin Centro Universitário Autônomo do Brasil - UNIBRASIL
Palavras-chave: Câncer de mama, epidemiologia, fatores prognósticos, predição de resposta.

Resumo

O câncer de mama é a neoplasia maligna de maior incidência em mulheres, excetuando-se os casos de pele não melanoma. É a quinta causa de morte por câncer em geral e a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres. De acordo com dados do INCA, há uma estimativa de 57.960 mil novos casos no Brasil para o ano de 2016. Em 2013 foi registrado no Brasil um total de 14.206 mil mortes na população feminina acometida por essa neoplasia. Por conta da alta incidência na população feminina, e mal prognóstico na maioria dos casos, é necessário o estudo aprofundado das características epidemiológicas e moleculares dessas pacientes a fim de auxiliar no prognóstico e tratamento. Este estudo tem como objetivo determinar as características epidemiológicas e moleculares de uma população de mulheres com câncer de mama tratadas no principal hospital oncológico de Curitiba.  Através de um estudo prospectivo uma coorte com 306 pacientes casos novos, diagnosticados entre abril de 2014 e outubro de 2015, teve seus prontuários avaliados para determinação de fatores prognósticos da doença, como idade, raça, status menopausal, tipo histológico do tumor de mama, bem como fatores preditivos de resposta como a determinação dos subtipos moleculares e imunohistoquímicos. A partir dos dados analisados verificou-se que a idade média das pacientes acometidas com o câncer de mama é de 54 anos; a raça prevalente é a branca; e o carcinoma ductal invasivo é o tipo histológico mais freqüente, sendo 88,3% dos casos.  Referente à classificação imunohistoquímica, 80,5% dos casos são receptores hormonais positivos, ou para o receptor de estrógeno (RE) ou para o receptor de progesterona (RP) e, 20,2% dos casos foram considerados positivos para o receptor do fator de crescimento epidérmico humano tipo 2 (HER2).  Com base nesses resultados é possível determinar as principais estratégias terapêuticas aplicáveis à instituição a partir dos fatores prognósticos e preditivos de resposta demonstrados com este estudo.

Biografia do Autor

Rafaela Trindade do Vale, Centro universitário autônomo do Brasil - UNIBRASIL
Possui graduação em andamento em Biomedicina pelo Centro Universitário Autônomo do Brasil - UniBrasil. Têm experiencia em coleta sanguínea pelo Laboratório de Análises clínicas LABORAN. Atualmente realiza estágio extra-curricular no Hospital Erasto Gaertner, no setor de Pesquisa Clínica - CEPEP. Também atua no programa de Iniciação Cientifica do Centro Universitário do Brasil - UniBrasil, sobre "Influência da concentração de Vitamina D e seu receptor (VDR) no desenvolvimento do câncer de mama".
Fernanda de Lima Batista, Centro universitário autônomo do Brasil - UNIBRASIL
Acadêmica do 4° período do curso de Biomedicina; Estagiária da Pesquisa Clínica no hospital Erasto Gaertner.
Thais Abreu de Almeida, Hospital Erasto Gaertner
Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Concluiu dois anos de Residência em Clínica Médica no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná e três anos de Residência Médica em Cancerologia Clínica no Hospital Erasto Gaertner. Atualmente é médica Oncologista Clínica neste mesmo Hospital, no Instituto de Oncologia do Paraná e no Hospital Santa Cruz.
Lisangela Cristina de Oliveira, Centro Universitário Autônomo do Brasil - UNIBRASIL
Possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal do Paraná (1998) e mestrado em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal do Paraná (2006). Atualmente ministra aulas de bioquímica básica e clínica nos cursos de farmácia e biomedicina no Centro Universitário UNIBRASIL, é supervisora de estágio em análises clínicas e faz parte do núcleo estruturante do curso de farmácia da mesma instituição. Também atua como bioquímica no Laboratório Municipal de Araucária. Tem experiência na área de Farmácia, com ênfase em Análises Clínicas e farmácia hospitalar, atuando principalmente nos seguintes temas: bioquímica clínica/hormônios, hematologia, imunologia e urinálise.
José Cláudio Casali da Rocha, Hospital Erasto Gaertner
Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal Fluminense (1988), residencia medica em Oncologia Clinica pelo Instituo Nacional de Câncer (INCA) em 1996, doutorado em Oncologia pela Fundação Antônio Prudente (2002) e pós-doutorado em Farmacogenética pelo St Jude Childrens Research Hospital (EUA) em 2005. Fundou o departamento de Oncogenética do Hospital AC Camargo em 1998 e retornou ao Brasil em 2005 como pesquisador sênior do Instituto Nacional de Câncer onde foi diretor medico do Banco Nacional de Tumores e DNA (BNT-INCA), desenvolvendo sua linha de pesquisa em Oncologia Translacional. Em 2012 fundou o Serviço de Oncogenética do Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba e desde 2013 é professor de Graduação do curso de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Oncologia e Genética, atuando principalmente em pesquisa translacional nos seguintes temas: oncogenética, susceptibilidade ao câncer, farmacogenética, banco de tumores e DNA, pesquisa clínica, e biologia dos tumores.
Jeanine Marie Nardin, Centro Universitário Autônomo do Brasil - UNIBRASIL
Doutoranda em Farmacogenética pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná em parceria com o Institut für Klinische Pharmakologie em Stuttgart - Alemanha. Possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal do Paraná - UFPR (2002), habilitação em Bioquímica também pela UFPR (2003), Especialização em Ciências Farmacêuticas - Microbiologia Aplicada à Indústria pela UFPR (2004), treinameto em Biologia Molecular pela Universidade de Leipzig, Alemanha (2004) e Mestrado em Ciências Farmacêuticas pela UFPR (2006). Atua como coordenadora de estudos clínicos pela Liga Paranaense de Combate ao Câncer, mantenedora do Hospital Erasto Gaertner, e professora das disciplinas de Bioquímica e Hematologia pelo Centro Universitário Unibrasil. Tem experiência em farmácia hospitalar, com ênfase em farmacologia e manipulação de medicamentos de antineoplásicos; biologia celular e molecular do câncer; coordenação de estudos clínicos multicêntricos de fase I, II e III na área de oncologia, e estudos farmacogenéticos.
Publicado
2016-11-07
Seção
Biomedicina