AVALIAÇÃO DA ADESÃO AO TRATAMENTO COM O TAMOXIFENO EM MULHERES DIAGNOSTICADAS COM CÂNCER DE MAMA

  • Beatriz Mocelin Centro Universitário Autônomo do Brasil
  • Andreia Paula Lubas da Silva Centro Universitário Autônomo do Brasil
  • Silvia Dark Robaskievicz de Moraes Centro Universitário Autônomo do Brasil
  • Jeanine Marie Nardin Centro Universitário Autônomo do Brasil
Palavras-chave: Câncer de mama, Tamoxifeno, Adesão

Resumo

Considera-se câncer a condição de crescimento ou proliferação descontrolada de células com habilidade de mover-se de sua localização original, migrar e fixar-se em outros tecidos. Em mulheres, o câncer de mama é um dos mais comuns, entre sua classificação há o dependente do hormônio estrogênio. A introdução do medicamento tamoxifeno, que atua inibindo a ligação do estrogênio aos seus receptores específicos, reduziu a necessidade de procedimentos cirúrgicos para regressão da doença. O tratamento é benéfico e na maioria dos casos tem duração de cinco anos, porém só apresenta efetividadequando a paciente adere adequadamente ao mesmo, o que não é tão simples por razão de suas reações adversas.Assim, o principal objetivo deste estudo foiavaliar a adesão ao tamoxifeno por mulheres com câncer de mama no Sul do Brasil. A coleta de dados foirealizada por meio de contato telefônico com as pacientes aos 12 meses de tratamento com tamoxifeno. A adesãofoi avaliada pelo método Morisky, o qual analisa a atitude da paciente em relação ao uso de medicação, avaliado pelas seguintes perguntas: “(1) Você já se esqueceu de tomar a medicação? (2) Você é descuidado sobre tomar a medicação? (3) Quando você se sente melhor você às vezes deixa de tomar sua medicação? (4) Às vezes, se você se sentir pior quando você tomar o medicamento, você para de tomá-lo?”. Ainterpretação dos dados é realizada pelo numero de respostas “Sim” que a paciente fornecer: boa adesão=0 respostas positivas; adesão média=1-2 respostas positivas; e baixa adesão=3-4 respostas positivas. O método de avaliação é eficaz, porém há possibilidade de erros devido à omissão das respostas. Os resultados obtidos da aplicação do questionário no estágio de 12 meses de tratamento foram de 145 mulheres, destas 62,7% apresentaram boa adesão, 34,5% de média adesão, 1,4% de baixa adesão e 1,4% não souberam responder. O estudo indica que a maioria das pacientes apresenta boa adesão. Porém, ainda uma porcentagem significativa das mulheres apresentou média ou baixa adesão, os motivos variam entre esquecimento da ingestão do medicamento, não sentir necessidade da medicação por estar se sentindo bem ou deixar de tomá-la por suas reações adversas, que variam entre fogachos, retenção de líquidos, náusea, cãibras,fadiga, entre outras. Apesar das desvantagens do tratamento, visto que as reações adversas geralmente são de uma menopausa induzida, o que incomoda grande parte das pacientes, é necessário para incentivo o acompanhamento freqüente do médico e farmacêutico para avaliação das queixas e relatos do tratamento, visto que a adesão correta é essencial para o sucesso do tratamento.

Publicado
2018-02-26