INCIDÊNCIA​ ​DE​ ​REAÇÕES​ ​ADVERSAS​ ​EM​ ​PACIENTES​ ​COM​ ​CÂNCER​ ​DE MAMA​ ​EM​ ​USO​ ​DE​ ​TAMOXIFENO

  • Fernanda de Lima Batista Centro Universitário Autonômo do Brasil
  • Diandra Miqueleto
  • Jeanine Marie Nardin Centro Universitário Autonômo do Brasil
Palavras-chave: câncer de mama, tratamento, tamoxifeno, reações adversas.

Resumo

O câncer de mama é a neoplasia de maior incidência em mulheres, excetuando-se os casos de câncer de pele não melanoma. É a quinta causa de morte por câncer em geral e a causa mais frequente de morte em mulheres. O câncer de mama pode ser definido como um grupo de tumores epiteliais malignos, que possui heterogeneidade, contendo vários subtipos histopatológicos, além da diversificada resposta clínica ao tratamento. Um destes subtipos é de receptores hormonais (estrógeno e/ou progesterona) positivos. Uma das terapias contra o câncer que se destaca, são os moduladores seletivos de receptor de estrogênio (SERM) para as mulheres que apresentam receptores hormonais positivos como, por exemplo, o tamoxifeno que apresenta ação antiestrogênica na mama. Esse medicamento é considerado um fármaco de uso padrão no tratamento hormonal do câncer de mama, porém as mulheres que são tratadas com tamoxifeno têm que ser monitoradas, pois esse medicamento apresenta alguns efeitos adversos que podem comprometer a adesão das pacientes ao tratamento. Assim, este estudo teve como objetivo determinar a incidência de eventos adversos autoreportados em pacientes em tratamento com o tamoxifeno durante o primeiro ano de tratamento. Através de um estudo de campo com abordagem quantitativa, realizado no Hospital Oncológico Erasto Gaertner em Curitiba, a população do estudo, constituída por 196 mulheres recém-diagnosticadas com câncer de mama. A coleta de dados foi realizada por meio de contato telefônico com as pacientes aos 3, 6 e 12 meses de tratamento com tamoxifeno. A incidência de reações adversas foi determinada por questões que ​visavam identificar a ocorrência de reações (auto-reportadas pelas pacientes), a freqüência e duração das mesmas, bem como as medidas farmacológicas tomadas ou não para resolução das mesmas​. Os principais efeitos adversos relatados após início de uso do tamoxifeno após 3, 6 e 12 meses foram respectivamente: fogacho 58,1%, 59,8% e 61,6; edema 18,6%; 21,7% e 15,1%, e prurido 18,6%, 6,5% e 7%. A partir desses relatos a identificação dos possíveis efeitos adversos é uma maneira de evitar a não adesão ao tratamento, pois ao iniciar o tratamento a paciente já pode ser informada sobre as​ ​possíveis​ ​reações​ ​que​ ​ele​ ​causa.
Publicado
2018-02-16

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