PRESENÇA DE CÂNCER EM FAMILIARES DE PRIMEIRO E SEGUNDO GRAU EM MULHERES COM E SEM CÂNCER
Resumo
Resumo
O câncer é considerado uma das maiores causas de morte no mundo e é definido como uma doença genômica, surgindo como consequência de alterações cumulativas no material genético, dos fatores metabólitos e regulatórios de células normais, as quais sofrem transformações até se tornarem malignas. Sabe-se que o câncer de mama (CA de mama) é mais comum em mulheres, com uma taxa de 57.960 casos novos, com um risco estimado de 56,20 casos a cada 100 mil mulheres no Brasil no ano de 2016. Existem diversos fatores de risco associados ao desenvolvimento do CA de mama, tais como: uso de terapia de reposição hormonal, ooferectomia, exposição solar, alcoolismo e hereditariedade, sendo o último um dos mais importantes. Este estudo foi realizado em um hospital oncológico de Curitiba intitulado: Fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama, entre maio de 2016 e janeiro de 2017. Foram entrevistadas 34 mulheres com CA de mama (casos) e 105 doadoras de sangue (controles), os questionários tiveram como objetivo descrever a presença de câncer em familiares de primeiro e segundo grau nos dois grupos. A média de idades do grupo casos foi de 44,35 anos, e do grupo controle 41,72 anos. Quando perguntado sobre a presença de câncer (CA) nos pais 72,72% responderam que não e 24,24% responderam que sim pai e/ou mãe já tiveram ou têm câncer, cerca de 3% não souberam informar. Para o grupo controle pai e/ou mãe tiveram CA em 14,28% dos casos, 75,23% relataram não possuir histórico e 10,47% não souberam informar. A presença de CA nos avós paternos no grupo caso foi de 63,63% e nos avós maternos 60,60%. Para o grupo controle 10,47% relataram presença de CA nos avós paternos e 20% nos maternos, 46,66% não souberam informar sobre os avós paternos e 33,33% não souberam responder. Observou-se nesse estudo que quando comparado as porcentagens da presença de CA em familiares de primeiro e segundo grau entre os grupos de mulheres casos e controles, há mais presença de CA nos familiares do grupo caso, fato que pode indicar hereditariedade. O conhecimento sobre o histórico familiar de CA encontrou-se maior no grupo casos, o que pode indicar maior interesse no histórico devido estas apresentarem a doença e entender a importância desta informação. O histórico de CA, tanto nos casos quanto nos controles, apresentou maior ocorrência nos avós paternos e/ou maternos em relação aos pais, este fato pode estar ligado a idade mais avançada e que os pais podem ainda não ter desenvolvido a doença. O conhecimento do histórico familial de CA são essenciais para o acompanhamento do paciente com câncer devido a predisposição genética, e que estes indivíduos podem conhecer e controlar outros dos fatores de pré-disposição a que estão expostas elaborando junto com a equipe multidisciplinar que o acompanha medidas de prevenção primária e secundária, melhorando de forma mais eficaz o tratamento da doença.
Palavras-chaves: câncer mama; hereditariedade; histórico familiar.