ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE CHÁ DE HIBISCO SUBMETIDA À RADIAÇÃO GAMA
Resumo
Plantas medicinais são comercializadas e utilizadas principalmente na forma de chá. Essas plantas, geralmente são coletadas e manipuladas de maneira incorreta podendo favorecer a contaminação microbiológica que apresenta riscos que refletem diretamente na qualidade das plantas medicinais. Uma maneira de eliminar microrganismos que levam à contaminação é por meio da esterilização. Um desses procedimentos é a radiação ionizante que cede sua energia ao meio no qual se difunde, mediante múltiplos processos de interação. Objetivo: avaliar a carga microbiana de amostras de chá de Hibisco (Hibiscus sabdariffa L.) submetidas a diferentes dosagens de irradiação gama. Material e método: 1 kg de chá de hibisco foi adquirido no comércio de Curitiba, PR. O material vegetal foi moído em moinho de facas e foram separadas quatro amostras de 200 g de chá de hibisco. Foram encaminhadas e submetidas à irradiação gama três amostras de chá de hibisco, nas doses 0,5; 10 e 15 kGy. Após foram realizadas análises microbiológicas, avaliando a contagem total de bactérias, fungos e leveduras para as quatro amostras. Resultados: A contagem total de bactérias mesófilas na amostra original (sem irradiação) e nas doses de 0,5; 10 e 15 kGy foi respectivamente 1600, 700, 400 e 0 UFC/g. A contagem de bolores e leveduras na amostra original e nas doses de 0,5; 10 e 15 kGy foi respectivamente 1600, 800, 130 e 30 UFC/g. Os resultados indicam que a amostra original não apresentava um teor elevado de bactérias, bolores e leveduras, estando os valores dentro dos limites especificados pela Farmacopeia Brasileira, 2010. Verificou-se também que a dose de 0,5 kGy já é o suficiente para reduzir pela metade a carga microbiana da amostra original. Conclusão: a irradiação gama é um processo eficiente para a diminuição da carga microbiana presente em chás, contudo a dose de irradiação deve ser avaliada com base na carga microbiológica da amostra original.
