O SUJEITO LINGUAGEM
Resumo
O presente resumo é um recorte de um trabalho que foi realizado para atender a uma demanda acadêmica do curso de Psicologia, disciplina de Psicologia e Linguagem, para a qual foi utilizado um fragmento de um texto de Lacan, Função e Campo da fala e da Linguagem em Psicanálise, que exprime e exemplifica as várias formas de como o inconsciente pode se manifestar, ou melhor, a verdade que ele porta. Foi utilizada também uma composição de um grupo brasileiro de rap, chamado Quebrada Queer, que expressa diversos comportamentos e modos de ser do sujeito, no caso, de uma cultura específica atrelada à comunidade LGBTQI, a cultura queer. Sendo que as formas contemporâneas de expressão da subjetividade tendem, cada vez mais, a escapar ao senso comum, às formulações ditas habituais, a Psicologia e os psicólogos estão convocados a pensar a respeito desse fenômeno e este constituiu-se num dos objetivos deste trabalho A via de estudo para com essas produções foi a psicanálise, que conceitua e entende o sujeito a partir da linguagem, sendo essa, a principal diferenciação do homem para o animal. Por meio da linguagem e da fala, através do simbólico, o homem (que é um ser desejante) tem o poder de transformação, de criação, uma vez que não existe relação unívoca entre significante e significado. Em vista disso, impõe-se também a interrogação de como extrair da linguagem seu maior rendimento, como usá-la de uma maneira perspicaz, que possa alcançar muitas pessoas, e entende-se que a arte de maneira geral, como a música neste caso, é o caminho que facilita a expressão, quando a linguagem opera na constituição do laço social, assim como na expressão do mais íntimo e mais singular. É ela que dá contorno, desde o lugar que se ocupa no mundo, até mesmo o lugar que a angústia ocupa no próprio sujeito. Esse trabalho mostra a existência da relação entre o sujeito inconsciente e a cultura e, a partir disso, os meios de manifestar-se, rompendo aquilo que é privado do sujeito para o público através da arte. Pode-se pensar, então, para além do que “dizem as coisas”, ou do que querem dizer, e com isso, refletir e encontrar caminhos para compreender o que cada sujeito tem como bagagem psíquica, cultural e criativa.