IMPASSES ALIMENTARES INFANTIS: CONSIDERAÇÕES PSICANALÍTICAS

Conteúdo Principal do Artigo

Kamilla da Silva Pinto
Ana Suy Sesarino Kuss

Resumo

Este estudo tem como objetivo promover algumas reflexões acerca de impasses alimentares na infância, enquanto recusa. Pretende-se denotar a ligação desses sintomas com a figura materna. O seio materno, assim como os seus substitutos, serve como um meio para que o bebê se alimente. Entretanto, para além do fator biológico da alimentação, estão atreladas questões que não se referem apenas ao saciar da fome. Nesta fase inicial na qual o bebê inaugura o prazer oral, Freud traz o conceito do chuchar. Lacan postula que na fase oral duas demandas se fazem presentes: a de ser alimentado e a de se deixar alimentar. Para tanto, a relação inicial entre mãe e bebê é dual, onde esta, que exerce a função materna, será o primeiro objeto no qual o bebê investirá libido. Porém, posteriormente, será necessária a entrada da função paterna. A entrada do pai, enquanto aquele que encarna a função de significante de Nome-do-Pai, será fundamental para que a criança tenha a possibilidade de sair dessa relação dual com a mãe e assim possa se constituir como sujeito. Mas diante da construção da relação entre mãe e bebê, quando a criança se recusa a se alimentar, o que se pode pensar que poderia sustentar tal recusa?  É a partir da consideração de que a alimentação da criança passa de forma fundamental por sua relação com a mãe, que este trabalho pretende elucidar alguns aspectos a respeito de possíveis dificuldades alimentares infantis.

Detalhes do Artigo

Como Citar
Pinto, K. da S., & Kuss, A. S. S. (2017). IMPASSES ALIMENTARES INFANTIS: CONSIDERAÇÕES PSICANALÍTICAS. Cadernos Da Escola De Saúde, 17(1), 67-75. Recuperado de https://portaldeperiodicos.unibrasil.com.br/index.php/cadernossaude/article/view/3079
Seção
Artigo Original

Artigos mais lidos do(s) mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>