PERFIL DE SENSIBILIDADE DE BACTÉRIAS ISOLADAS EM UROCULTURAS DE PACIENTES ATENDIDOS EM UM HOSPITAL BRASILEIRO

Conteúdo Principal do Artigo

Larissa Bail
Isabela Fanelli Barreto
Carmen Antonia Sanches Ito
Jeanine Izabel Margraf Bitterncourt

Resumo

A infecção do trato urinário (ITU) é uma das doenças mais comumente diagnosticada em pacientes que buscam atendimento médico. Esta patologia, quando é tratada com antibióticos empíricos, pode acabar gerando resistência bacteriana, dificultando o tratamento. O objetivo desta pesquisa foi detectar as principais bactérias isoladas em uroculturas e analisar a sensibilidade aos antimicrobianos em pacientes atendidos em um hospital do sul do Brasil. Foi realizado um estudo retrospectivo com avaliação de 100 uroculturas positivas, durante o período de 2015 a 2017. Dentre os pacientes avaliados 56% eram do sexo feminino e 44% do sexo masculino. Observou-se que a bactéria predominante é Escherichia coli¸ responsável por 56,7% dos casos e em segundo lugar Klebsiella spp, com 13,5%. As enterobactérias mostraram maior sensibilidade aos antimicrobianos amicacina (98,8%), meropenem (97,7%), ceftriaxona (86%) e gentamicina (83,7%), e maior resistência à ampicilina (64,3%), norfloxacino (39,8%) e ciprofloxacino (39,5%). Poucos antimicrobianos apresentaram taxa de resistência inferior a 20%, o que indicaria seu uso para tratamento empírico. Dessa forma, a realização da urocultura e do antibiograma é essencial para que o tratamento seja realizado corretamente, evitando o uso irracional de medicamentos e o desenvolvimento de bactérias resistentes.

Detalhes do Artigo

Como Citar
Bail, L., Barreto, I. F., Ito, C. A. S., & Bitterncourt, J. I. M. (2018). PERFIL DE SENSIBILIDADE DE BACTÉRIAS ISOLADAS EM UROCULTURAS DE PACIENTES ATENDIDOS EM UM HOSPITAL BRASILEIRO. Cadernos Da Escola De Saúde, 17(2), 52-60. Recuperado de https://portaldeperiodicos.unibrasil.com.br/index.php/cadernossaude/article/view/3788
Seção
Biomedicina
Biografia do Autor

Larissa Bail, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Departameto de Análises Clínicas e Toxicologicas - UEPG

Área: Microbiologia

Referências

1. Pradhan B, Pradhan S. Prevalence of Urinary Tract Infection and Antibiotic Susceptibility Pattern to Urinary Pathogens in Kathmandu Medical College and Teaching Hospital, Duwakot. Birat Journal of Health Sciences. 2017; 2(1): 134-137.
2. Curtiss N, Meththananda I, Duckett J. Urinary tract infection in obstetrics and gynaecology. Obstet Gynaecol Reprod Med. 2017; 27(9): 261-265.
3. McLellan LK, Hunstad DA. Urinary Tract Infection: Pathogenesis and Outlook. Trends Mol Med. 2016; 22(11): 946-957.
4. Walsh C, Collyns T. The pathophysiology of urinary tract infections. Surg. 2017; 35(6): 293-298.
5. Wolfe AJ, Toh E, Shibata N, Rong R, Kenton K, FitzGerald M, et al. Evidence of uncultivated bacteria in the adult female bladder. J Clin Microbiol. 2012; 50(4): 1376-83.
6. AJ S, EM S, Schaeffer AJ. Infections of the Urinary Tract. In AJ W, LR K, AC N, AW P, CA P, editors, Campbell-Walsh Urology, Tenth Edition. Elsevier-Saunders. 2012.
7. Chenoweth CE, Saint S. Urinary Tract Infections. Infect Dis Clin North Am. 2016; 30(4): 869-885.
8. Freitas RB, Resende JA, Mendonça BG, Antonio T, Fortunato RS, Oliveira MACA. Infecções do trato urinário de origem hospitalar e comunitária: revisão dos principais micro-organismos causadores e perfil de susceptibilidade. Rev Científica FAGOC - Saúde. 2016; 1(1): 55-62.
9. Masajtis-Zagajewska A, Nowicki M. New markers of urinary tract infection. Clin Chim Acta. 2017; 471(February): 286-291.
10. Lopes H, Tavares W. Diagnóstico das infecções do trato urinário. Rev Assoc Med Bras. 2005; 51(6): 301-312.
11. Baym M, Stone LK, Kishony R. Multidrug evolutinary strategies to reverse antibiotic resistance. Science 2016; 351(6268): 3292/1-8.
12. Paterson DL. Resistance in gram-negative bacteria : Enterobacteriaceae. Am J Infect Control. 2003; 34(5) Suppl 1: 20-28.
13. Lüthje P, Brauner A. Virulence Factors of Uropathogenic E . coli and their interaction with the Host. Adv Microb Physiol. 2014; 65: 337-372.
14. Foxman B. Urinary Tract Infection Syndromes. Infect Dis Clin NA. 2014; 28(1): 1-13.
15. Kimberly KA, Lewis AL. Gram-positive uropathogens, polymicrobial urinary tract infection, and the emerging microbiota of the urinary tract. Microbiol Spectr. 2016; 4(2): 1-54.
16. Nicolle LE. Urinary Tract Infection. Crit Care Clin. 2013; 29(3): 699-715.
17. Hart A, Nowicki BJ, Reisner B, Pawelczyk E, Goluszko P, Urvil P, et al. Ampicillin-resistant Escherichia coli in gestational pyelonephritis: increased occurrence and association with the colonization factor Dr adhesin. J Infect Dis. 2001; 183(10): 1526-1529.
18. Kahlmeter G, Poulsen HO. Antimicrobial susceptibility of Escherichia coli from community-acquired urinary tract infections in Europe : the ECO • SENS study revisited. Int J Antimicrob Agents. 2012; 39(1): 45-51.
19. Gupta K, Hooton TM, Naber KG, Wullt B, Colgan R, Miller LG, Moran GJ, Nicolle LE, Raz R, Schaeffer AJ, et al. International clinical practice guidelines for the treatment of acute uncomplicated cystitis and pyelonephritis in women: A 2010 update by the Infectious Diseases Society of America and the European Society for Microbiology and Infectious Diseases. Clin Infect Dis. 2011; 52(5): e103–e120.
20. Bail L, Ito CAS, Eemerino, AL. Infecção do trato urinário: comparação entre o perfil de susceptibilidade e a terapia empírica com antimicrobianos. RBAC. 2006; 38(1): 51-56.
21. Jessen O, Rosendal K, Bülow P, Faber V, Eriksen KR. Changing staphylococci and staphylococcal infections: a ten-year study of bacteria and cases of bacteremia. N Engl J Med. 1969; 281: 627-35.