AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDADE IN VITRO DE Drimys brasiliensis Miers

  • Adriane Gureski Centro Universitário Autônomo do Brasil - UNIBRASIL
  • Cristina Peitz de Lima
  • Thalita Gilda Santos Benghi
Palavras-chave: Drimys brasiliensis Miers, compostos fenólicos, flavonoides, atividade antioxidante

Resumo

A família Winteraceae, compreende em três espécies no Brasil: Drimys angustifolia Miers, D. brasiliensis Miers e D. roraimensis. A espécie Drimys brasiliensis Miers, é conhecida popularmente por “cataia” ou “casca-de-anta”, sendo utilizada pela população para diversas enfermidades entre elas anti-inflamatória e para o tratamento de bronquite e asma. Neste trabalho analisou-se através da marcha sistemática, a presença de diferentes metabólitos secundários nas folhas, galhos e cascas de Drimys brasiliensis Miers. Realizou-se também a avaliação da atividade antioxidante do extrato bruto de diferentes partes de D. brasiliensis, através dos métodos complexo fosfomolibdênio e DPPH (2,2-difenil-1-picril-hidrazila) e quantificou-se a presença de fenóis totais e flavonoides. Através da marcha sistemática identificou-se a presença de saponinas, taninos, antocianidinas, esteroides e triterpenos nas folhas, galhos e cascas.  Na atividade antioxidante através do método do fosfomolibdênio o extrato bruto dos caules apresentou atividade antioxidade de 44,4% quando comparado ao padrão ácido ascórbico (vitamina C). Através do método do DPPH, o extrato bruto dos caules apresentou o valor de IC50 de 7,7 µg mL-1 e o padrão ácido ascórbico apresentou o valor de IC50 de 7,5 µg mL-1, não apresentando diferença significativa entre ambos (teste de Tukey). Esta atividade antioxidante pode estar relacionada à presença de compostos fenólicos, visto que através da análise quantitativa obteve-se o maior teor de fenóis para esta fração apresentando 30,2 g de ácido gálico por 100g de extrato seco (folhas: 8,7 g e cascas 11,3 de ácido gálico por 100 g de extrato seco). Apesar do extrato bruto dos caules relatar a presença de flavonoides (1,4 g de quercetina por 100g de extrato seco), o teor de flavonoides foi maior no extrato bruto das cascas (1,6 g de quercetina por 100 g de extrato seco). Desta forma, acredita-se que a atividade antioxidante possa estar relacionada à presença de compostos fenólicos, especialmente taninos e antocianidinas, conforme observado na prospecção fitoquímica.

Publicado
2016-11-08
Seção
Farmácia

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