O LUTO NA INFÂNCIA: CONSEQUÊNCIAS PARA A VIDA ADULTA, SEGUNDO A PSICOSSOMÁTICA REICHIANA

  • Larissa Becker RAMOS UNIBRASIL
  • Dulce Mara Gaio UNIBRASIL
Palavras-chave: luto, infância, psicossomática, psicossomática reichiana.

Resumo

A morte é um assunto evitado pelos adultos e isso ocorre devido ao fato de não saberem lidar com ela. Mas, se os adultos não sabem lidar com o luto, então como é possível para uma criança fazê-lo? As crianças, conforme sua idade, irão entender a morte de maneiras diferentes, então faz-se necessário, aos adultos, que auxiliem a criança a viver o processo de luto da forma mais saudável possível. Porém, esta vivência do luto de maneira saudável é muito pouco provável de ocorrer, então, quando adultas, essas crianças podem vir a ter consequências psicossomáticas em suas vidas, por esse motivo destaca-se a importância da pesquisa sobre o tema. A psicossomática pode ser entendida como um conjunto de fatores emocionais que influenciam os processos corporais. Portanto, o objetivo deste trabalho é apresentar as consequências, no sentido da psicossomatização, do sofrimento de um luto na infância, para a idade adulta. Em complemento à ideia do processo de psicossomatização, a psicossomática reichiana coloca que as experiências emocionais vividas pela criança irão ficar gravadas em seu corpo e em sua mente, sendo assim estas podem se manifestar em forma de doenças correlacionadas com a emoção que ficou marcada para a criança durante o processo do luto e no período subsequente. Conforme o mapeamento corporal proposto por Reich, cada emoção também está ligada a uma parte específica do corpo como, por exemplo, a raiva que está ligada à boca e pode ter como consequência o bruxismo ou a angústia que está localizada no peito e pode causar problemas no coração ou nos pulmões. Desta forma, a prevenção, para que as consequências psicossomáticas para a vida adulta sejam poucas ou nulas, consiste em os pais ou adultos próximos à criança buscarem uma compreensão sobre o entendimento da morte por parte da criança e a auxiliem no enfrentamento do luto, procurando, caso faça-se necessário, um atendimento psicoterapêutico.
Publicado
2016-11-08
Seção
Psicologia

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