LIBERDADE COMO CONDENAÇÃO

  • Diego Kubis Jesus UniBrasil - Centro Universitário
  • Mylena Motta Dawidowicz UniBrasil - Centro Universitário
  • Bernardo Kestring UniBrasil - Centro Universitário
Palavras-chave: liberdade, existência, escolha,

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo analisar o conceito de liberdade em uma perspectiva histórica que nos leva a repensar o sentido deste conceito. A liberdade a partir do senso comum é a livre escolha de como agir ou omitir, isto é, agir sem que nada interfira, por mera escolha do autor da ação. Porém, queremos mostrar com este trabalho que a liberdade vai muito além desse sentido inicial. Nossa Constituição Federal prevê como princípio fundamental a liberdade, precisamos entender o que isso realmente significa e inclusive conhecer suas diversas concepções que trazidas pela filosofia nos faz refletir: será que realmente somos livres? Se somos livres, como garante nossa Constituição, que tipo de liberdade podemos nos referir? Queremos aqui demonstrar de forma mais específica o que vem a ser liberdade, um tipo de liberdade que inclui não só o querer, mas o poder de fazer. A partir de uma pesquisa bibliográfica, apresentaremos algumas ideias desenvolvidas por Jean-Paul Sartre, o qual afirma que estamos “condenados” à liberdade, e analisaremos os argumentos que o levam a esta conclusão. Veremos que para este pensador, diferente de qualquer outra espécie, ou mesmo qualquer objeto, nós somos os únicos com a liberdade de escolher o que queremos ser ou não ser. Esta temática em Sartre se insere dentro de uma discussão que é própria da escolha denominada Existencialismo, que dentre tantas ideias, procura defender que a existência precede a essência. Desta forma, diferente de outros seres ou objetos, que simplesmente são o que são, em nós humanos a existência vem antes da essência, isto é, nós “existimos” para então “ser”, não somos presos a uma determinação biológica, somos diferentes do gato que só é gato, do sapo que só é sapo. Essa liberdade de escolha nos permite ser mais, ou em alguns casos ser menos, mas ainda que sejamos menos, é a liberdade de escolher ser menos. Liberdade é o poder de deliberar sobre a própria existência. Diante disso, procuraremos demonstrar com esse estudo que essa liberdade nos permite escolher como queremos viver, mesmo com as determinações sociais de certo e errado, somos nós quem escolhemos se seguiremos ou não essas regras sociais. Assim, uma vez que tenhamos conceituado com clareza a liberdade, passaremos a análise de outros conceitos que é trabalhado por este autor dentro da concepção existencialista, a saber, os conceitos como angústia, má fé, responsabilidade, dentre outros, procurando destacar a ideia de que somos condenados a ser livre.

Publicado
2018-02-19

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