CONSUMO DE ALIMENTOS RICOS EM FERRO EM CRIANÇAS DE 6 A 23 MESES DO SUL DO BRASIL
Resumo
A anemia ferropriva é definida como uma situação onde a quantidade de hemoglobina no sangue está abaixo do normal, apresenta implicações graves para desenvolvimento cognitivo e motor da criança sendo assim deve ser garantida sua ingestão pela alimentação. Uma alimentação equilibrada e variada na infância, fornecendo todos os grupos alimentares, resulta na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis e um crescimento adequado, pois é nesta fase onde se encontra o desenvolvimento acentuado de todos os tecidos do corpo. Com o objetivo de avaliar o consumo de alimentos ricos em ferro por crianças de 6 a 23 meses na região sul do Brasil, o presente estudo foi realizado por meio da análise de dados públicos disponibilizado pelo Ministério da Saúde onde foi analisado o perfil da ingestão de alimentos ricos em ferro em de ambos os sexos da região sul do Brasil no ano de 2017. Os dados apontam que apenas 11% das crianças neste faixa etária consomem alimentos ricos em ferro, sendo o município de Curitiba o que apresenta maior consumo (28,57%), seguido de Florianópolis (14,29%) e por último Porto Alegre (11,49%). Os alimentos fonte de ferro precisam ser oferecidos às crianças uma vez que sua falta leva a complicações no desenvolvimento mental e psicomotor, prejuízo no crescimento, no desempenho escolar, falta de atenção e interesse, e dificuldade no aprendizado. A deficiência em longo prazo pode levar a complicações maiores como, anormalidade nos ossos longos, alteração na função da glândula tireoide e um aumento da capacidade de absorção de metais pesados. Pode-se concluir segundo os dados da pesquisa que a ingestão de alimentos fonte de ferro, principalmente na forma heme, na primeira infância é baixa, deve-se ressaltar que esse grupo de crianças de seis a vinte três meses requer uma ingestão adequada de alimentos fonte de ferro para o crescimento e desenvolvimento das mesmas.
