A ARTETERAPIA NO TRATAMENTO DA AGITAÇÃO E AGRESSIVIDADE INFANTIL: ESTUDO DE CASO

  • Diego da Silva UNIANDRADE
Palavras-chave: Arteterapia, Agressividade, Agitação, Infância.

Resumo

Introdução: Muitas crianças começam a apresentar um comportamento agressivo de uma hora para a outra. Bater nos colegas de escola, xingar e bater nos pais passa a virar algo comum e desencadeado por diversos motivos. A criança dita agressiva pode estar vivenciando uma série de questões na vida dela. Pode estar sofrendo violência física ou psicológica, vivenciando um processo de separação dos pais ou sendo exposta a diversas situações onde a violência é a forma básica de relacionamento humano. Objetivo: realizar um estudo de caso, a partir de intervenções em Arteterapia como possibilidade de tratamento para agitação e agressividade infantil. Material e métodos: Na realização deste estudo de caso, foram utilizadas técnicas arteterapêuticas voltadas para as artes visuais com desenhos, pinturas e jogos. Houve também a entrevista inicial com o cuidador responsável, escuta e observação atenta dos conteúdos emocionais trazidos pelo paciente e cuidadora. Foram realizadas 3 sessões, com duração de uma hora cada, semanalmente. A partir dos dados observados nesse período através das intervenções, foram descritos os resultados do trabalho. Resultados: O paciente será identificado por “L”. Tinha 7 anos de idade. A queixa trazida pela mãe foi a agressividade na escola. Reside com a mãe e o irmão de 8 anos. Os pais são separados e ele passa o fim de semana com o pai. Na escola o xingam e ele rebate com agressões. O paciente disse que a professora tentou o enforcar, mas ela negou quando a mãe do garoto foi a escola reclamar. Gosta de brincar com carrinhos da Hot Weells e assistir o desenho pica pau. Na escola, sofreu um castigo de ter que limpar as mesas do lanche e não poder brincar com os colegas por conta de sua indisciplina. Fica o dia todo na escola e no projeto contraturno. Possui o diagnóstico de TDAH, mas não toma medicamento. A mãe disse que ele não tem medo de nada e não se prende aos objetos materiais. Ele usa óculos e os coleguinhas da escola “tiram sarro” dele. A professora que supostamente o machucou ainda está lá e os dois se vêem com frequência. Gosta de assistir liga da justiça  e seus personagens prediletos são o Batman e o Superman, pois eles são fortes e defendem o mundo. A mãe disse que o paciente recebe muitas reclamações da escola, entretanto, com ela e em outros ambientes, o paciente se comporta bem. Considerações: Percebeu-se, através das sessões que a criança possui um bom nível de inteligência emocional e intelectual. Realmente seu nível de agressividade era alto, entretanto, ficou evidente que a escola não estava sendo adequada em suas intervenções, ao contrário, estimulava o comportamento agressivo com xingamentos e castigos descabidos. O mesmo tinha um diagnóstico médico de TDAH, no entanto, este diagnóstico foi questionado, uma vez que  o paciente conseguia se atentar  as atividades e se concentrar com facilidade na execução das mesmas por todo o tempo de sessão.

Palavras-chave: Arteterapia; Agressividade; Agitação; Infância.

Publicado
2019-08-20
Seção
Psicologia