POSSÍVEIS CONTRIBUIÇÕES DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO PARA A ADOÇÃO DE RECURSOS TERAPÊUTICOS POR PARTE DE CRIANÇAS DIAGNOSTICADAS COM DIABETES – UMA PROPOSTA DE INSTRUÇÃO AOS CUIDADORES

  • Rudhyero Marcondes Ribas Centro Universitário Autônomo do Brasil - UNIBRASIL
Palavras-chave: Psicologia, Diabetes, Análise do Comportamento

Resumo

O Diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica que afeta atualmente cerca de setenta mil crianças e adolescentes por ano. Nessa doença ocorre a destruição das células beta pancreáticas que gera a insuficiência de insulina ou incapacidade do corpo de utilizar eficazmente a insulina produzida, o que pode levar ao aumento do nível de glicose no sangue – hiperglicemia – podendo ter mais complicações na saúde do indivíduo que possui a patologia. Para o indivíduo acometido pelo DM existe o tratamento médico proposto com alguns cuidados como o automonitoramento sanguíneo (que se refere ao controle da glicose no sangue), planejamento alimentar, exercícios físicos, entre outros. Deste modo a criança ou adolescente recém diagnosticado com a doença deve adquirir novos repertórios comportamentais para lidar com essas mudanças. Com isso, este trabalho visa apresentar uma possível contribuição da Análise do Comportamento frente a este tema, visto que existem diversas técnicas comportamentais que podem auxiliar, à curto prazo, no desenvolvimento da autonomia, autocuidado e autocontrole da criança na relação com sua enfermidade, de modo a aderir de forma mais rápida aos recursos terapêuticos. Foi realizado uma revisão narrativa de literatura na busca de técnicas que pudessem ser utilizadas nesses casos. Como resultado aos estudos, é observado que a Análise do Comportamento pode oferecer recursos que auxiliam tanto os pais como a criança na adesão do tratamento, pois é possível desfrutar de técnicas como  a modelagem de repertórios alimentares salutares por meio de reforçamento diferencial; a estimulação a novas formas de atividades físicas; a explicação aos cuidadores pertinentes a investigação minuciosa que deve ser realizada sobre os alimentos saudáveis que a criança gosta para sua troca de forma mais assertiva; a própria psicoeducação para os pais a respeito da doença, assim como a explicação dos conceitos básicos de aprendizagem, manutenção e controle de comportamento, de forma que possam ser utilizadas pelos cuidadores. É válido ressaltar que este estudo se reduziu a técnicas e breves explicações comportamentais, não sendo abrangente ou explicitando uma possível psicoterapia, mas sim, um plausível auxílio na manutenção e habituação destes novos comportamentos em decorrência da patologia.

Publicado
2019-08-20
Seção
Psicologia