INGESTÃO PROTEICA DE IDOSAS PRÉ-FRÁGEIS E CRITÉRIOS DE FRAGILIDADE

  • Leticia Soares Amancio Centro Autônomo Universitário do Brasil -UNIBRASIL
  • Ana Claudia Alves Ferreira da Silveira Centro Autônomo Universitário do Brasil -UNIBRASIL
  • Ana Carolina Ross de Menezes Ferreira Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR, Brasil
  • Anna Raquel Silveira Gomes Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR, Brasil
  • Liana Alves de Oliveira Centro Universitário Autônomo do Brasil – UniBrasil
  • Simone Biesek Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR, Brasil
Palavras-chave: nutrição do idoso, idoso fragilizado, necessidade proteica

Resumo

A fragilidade física tem prevalência elevada em mulheres e em idades mais avançadas, apresentando como características a redução na força muscular, desempenho físico e funções fisiológicas. Desse modo, o aumento no aporte proteico é indicado para prevenção dessa condição. Por isso, é fundamental a realização de estudos com o intuito de verificar a associação entre a ingestão de proteínas e fragilidade, para que medidas de intervenção sejam desenvolvidas, visando adequar a ingestão proteica para uma maior qualidade de vida na população idosa. O objetivo do presente trabalho foi de avaliar a quantidade da ingestão proteica de idosas pré-frágeis, além de analisar a associação da proteína com os critérios de fragilidade. Trata-se de um estudo transversal, de abordagem quantitativa, com uma amostra de 84 idosas (≥65 anos) classificadas como pré-frágeis, residentes no município de Curitiba-PR. Foram incluídas idosas classificadas como pré-frágeis, pontuando em um ou dois critérios de Fried et al. (2001). A ingestão proteica foi analisada através do preenchimento do registro alimentar de três dias pelas idosas. Classificou-se como ingestão insuficiente quando ≤0,8g de proteina/kg de massa corporal, adequada quando >0,8g a 1,0g/kg e ótima quando >1,0g/kg. Além disso, foram utilizadas as seguintes medidas antropométricas: massa corporal, estatura e estimativa do índice de massa corporal (IMC). Foi realizado estatística descritiva (média e desvio padrão) e para os dados categóricos utilizou-se o teste Qui-quadrado, considerando um nível de significância ≤0,05. De acordo com o IMC, 21,4 % das idosas (n=18) foram classificadas com sobrepeso e 35,7% (n=30) foram classificadas com obesidade. A média de consumo de proteínas foi de 0,93±0,33g/kg/dia. Verificou-se que 18% das idosas (n=15) apresentaram uma ingestão adequada de proteína, 37% (n=31) atingiram uma quantidade ótima e 45% (n=38) apresentaram insuficiência na ingestão. Não houve nenhuma correlação positiva entre a ingestão proteica e critérios de fragilidade nas idosas avaliadas. Estudos adicionais são necessários para investigar a ingestão diária de proteínas, bem como a correlação com fragilidade física em idosos.

 

 

 

Biografia do Autor

Ana Carolina Ross de Menezes Ferreira, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR, Brasil
Programa de Pós-Graduação em Alimentação e Nutrição
Anna Raquel Silveira Gomes, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR, Brasil
Programa de Pós-Graduação em Educação Física; Departamento de Prevenção e Reabilitação em Fisioterapia
Simone Biesek, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR, Brasil
Programa de Pós-Graduação em Educação Física
Publicado
2020-01-22
Seção
Nutrição

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