As demandas relacionadas à inclusão escolar têm se configurado como desafios para todos os envolvidos nela. Escola, pais e os estudantes têm aprendido na prática, muitas vezes sem os recursos teóricos e materiais, o que é inclusão escolar, de tal modo que as reflexões sobre tais práticas ficam, também, descoladas de uma realidade que se espera transformar com consciência. Frente a esta demanda é que se pensou em um projeto de conscientização sobre as pessoas deficiências para o cumprimento do estágio obrigatório em psicologia escolar e educacional. O objetivo do projeto foi apresentar a estudantes do ensino fundamental I, informações e vivências sobre deficiências, que se configuraram espaços de conhecimento e tomada de consciência. Foram propostas intervenções partindo do concreto ao abstrato, desde a deficiência física até a intelectual, passando por deficiências visuais, auditivas e transtornos do espectro do autismo. O publico alvo foram três turmas de segundo ano, portanto crianças com média de 8 anos de idade. Os encontros não só foram pautados em vivências, a exemplo de as crianças experimentarem, de forma simulada, as condições das deficiências, como permitiu que as reflexões e aprendizados fossem registrados em vídeos a serem socializados depois entre os familiares e demais turmas do ensino fundamental – aprendizado que ecoa, multiplica e ativa outras ambiências. Também fora tratada de maneira importante as acessibilidades atitudinais para cada deficiência, para que estas crianças também pudessem saber seu papel diante das diversidades. Ao final do projeto, que teve duração de um ano letivo, percebeu-se ter realizado marcas significativas para formação pessoal de cada uma das crianças participantes e, assim, para as práticas inclusivas.
