Fatores atuais que interferem na amamentação

  • Andressa Cristina L Silva Unibrasil
  • Elaine Liduario Unibrasil
  • Ana Pedroso Unibrasil
  • Edilceia Domingues do Amaral Ravazzani Unibrasil
Palavras-chave: amamentação; adolescentes; desmame; gravidez

Resumo

 

Os órgãos responsáveis pelas diretrizes de saúde, recomendam que a amamentação seja a fonte essencial de nutrição infantil, sendo exclusiva nos primeiros seis meses de vida, após se inicia a fase da introdução alimentar para complementar o aleitamento. O ato de amamentar promove vários benefícios para mãe, tais como a redução do risco de câncer de mama e ovário, depressão pós-parto, hipertensão, doença cardiovascular, diabetes mellitus tipo 2, além de ajudar na involução uterina. Para os bebês, destacam-se os benefícios da redução do risco a desenvolver dermatite atópica, gastroenterite, asma, obesidade, diabetes,  melhora do desenvolvimento cerebral, risco reduzido de infecções de ouvido e respiratórias. Na gravidez, a mulher passa por diversas mudanças biológicas, psicológicas e sociais, que influenciam na constituição da maternidade e na relação mãe-bebe. Com o objetivo de  entender quais são as principais causas da não amamentação ou interrupção precoce do aleitamento materno, o presente estudo foi realizado através de revisão bibliográfica nas bases de dados  PubMed, SCIELO e Google acadêmico. A conexão da mãe e recém nascido, com o contato pele a pele e a amamentação na primeira hora de vida do bebê refletem importantes estratégias para o progresso do aleitamento materno. A idade materna é fator importante, quanto mais jovem a mãe, menor o tempo do aleitamento materno exclusivo e empenho na continuidade do aleitamento, outras prioridades são estabelecidas no seu dia a dia. A culpa e sofrimento pela gravidez precoce, transformações que ocorrem no corpo, a vivencia com o pai da criança, são motivos citados o desmame. Além da idade materna, outros fatores podem ser destacados, como o ambiente familiar, a falta de conhecimento da lactante quanto a qualidade do leite, conflitos com o genitor, problemas mamários como fissuras e mastites, prematuridade do recém nascido, introdução precoce de outros alimentos como sucos e chás, a falta de informações sobre o aleitamento materno durante o pré-natal e no pós parto, técnica errônea no momento da amamentação e até mesmo o uso de smartphones durante a amamentação, uma vez que pode interferir no vinculo necessário para a produção de ocitocina, hormônio que garante a ejeção do leite. Conclui-se que a idade materna é um fator relevante, porém a vontade materna em promover o aleitamento, bem como interferências do âmbito psicológico, físico e interpessoal são determinante no sucesso da prática e continuidade da amamentação, ressalta-se ainda a necessidade do desenvolvimento de práticas de acolhimento e apoio a mães, em especial as adolescentes. Sendo assim, a vigilância é vital para maior duração e exclusividade do aleitamento materno nos seis primeiros meses de vida, e se preciso for, intervir nas possíveis falhas de forma a melhorar a qualidade do aleitamento materno.

Publicado
2021-06-11
Seção
Nutrição