O LUTO DE MÃES FRENTE AO DIAGNÓSTICO DE FILHOS COM DEFICIÊNCIA

Resumo

Este trabalho pretende demonstrar o impacto psicológico emocional que Mães enfrentam ao receber o diagnóstico de deficiência de seu filho, seja ela física, psíquica ou mental. O tema surgiu a partir de leituras realizadas sobre todo o estresse e enfrentamento de barreiras junto com um processo de luto que essas mães enfrentam, por vezes sem suporte emocional ou psicológico que a ampare. Processo de luto nesse caso consiste em enterrar de forma simbólica o filho ideal e aceitar o filho real, para isso ela irá transitar pelas fases de negação, raiva, barganha, depressão e por fim aceitação. Esse não é um processo fácil e rápido, tendo em vista que, a partir do momento em que a mãe recebe o diagnóstico, ela vive um momento de incertezas, tristezas, culpa, ou seja, um turbilhão de emoções a cerca e perturba. E é nesse processo que percebemos com a pesquisa uma falha no acolhimento dessas mães, o foco que deveria estar voltado para fortalecer emocionalmente, dar apoio e lugar de fala para elas, se dá inteiramente ao diagnóstico do filho. Neste momento ela perde sua identidade, sendo agora referida como mãe da criança deficiente. É importante que ela se permita e tenha lugar para expressar que está triste e emocionalmente abalada, que passe pelas fases do luto, que seja entendida e aceita nesse processo. Pois, enquanto essas mães não aceitarem a realidade dos fatos que vivem, seguirão com sofrimento psíquico/emocional. Inerente ao contexto, vemos a importância dessas mães poderem não apenas se expressar emocionalmente, mas poderem se aceitar dentro do processo de luto sem sentir culpa, ou acharem que estão rejeitando o filho por não ser o que ela idealizou. É fundamental que elas não se sintam sozinhas, que tenham rede de apoio na sociedade, emocional e técnica, que ela seja acolhida também com informações e instruções sobre o estado do filho. Acreditamos que seja essencial o movimento de implementar políticas públicas que amparem essas mães proporcionando qualidade de vida e prevenindo o adoecimento psíquico/emocional.