PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS RECÉM-NASCIDOS INTERNADOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

  • Barbara Silva Braga UniBrasil
  • Cíntia Regina Felix Oliveira Centro Universitário Autônomo do Brasil - UniBrasil
Palavras-chave: perfil de saúde, perfil epidemiológico, recém-nascidos (RN), unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN)

Resumo

Introdução: a prematuridade é considerada a principal causa de óbitos no primeiro ano de vida, sobretudo no primeiro mês de vida pós-natal. Os pré-termos são imaturos fisiologicamente e extremamente sensíveis a pequenas alterações no manejo respiratório. Portanto, é necessária a internação em unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) para a utilização de suporte ventilatório adequado e demais assistências. Justificativa do estudo: devido ao crescimento do índice de prematuridade nos últimos anos, deve-se realizar investigações epidemiológicas para compreender os fatores de risco que predispõe ao parto prematuro, e com isso buscar estratégias de prevenção. Objetivos: traçar o perfil epidemiológico dos recém-nascidos (RN) internados na UTIN do Brasil, e verificar os fatores de risco maternos que podem predispor a internação, descritos nas publicações cientificas dos últimos cinco anos (2015 a 2020). Metodologia: revisão bibliográfica, do tipo integrativa, realizada entre abril e junho de 2020, com busca nas bases de dados LILACS, MEDLINE, PubMed® e SciELO. Os critérios de inclusão foram artigos originais em português e inglês, na íntegra, publicados e indexados nas referidas bases de dados nos últimos cinco anos (2015 a 2020). Os critérios de exclusão delimitaram-se por publicações com dados coletados a anos anteriores a 2015, estudos indisponíveis e que não foram realizados no Brasil. Resultados: foram encontrados um total de 691 artigos, destes apenas onze fizeram parte da amostra final. As informações foram analisadas e sintetizadas em duas categorias temáticas: características dos recém-nascidos internados na UTIN e características maternas referentes aos recém-nascidos internados na UTIN. A prematuridade representou 42% dos casos, seguida pelas afecções respiratórias, 11 % síndrome do desconforto respiratório (SDR) e 8% asfixia neonatal. Conclusão: houve predomínio do sexo masculino e pré-termos. A prematuridade foi associada ao desenvolvimento de afecções respiratórias, como SDR e asfixia neonatal. O parto cesáreo ofereceu fator de risco para partos prematuros e SDR. As infecções foram causadas por fatores pós-natais. A prematuridade e o baixo peso ao nascer mostrou forte associação com a mortalidade neonatal. As principais intervenções realizadas foram a oxigenoterapia, VM e VNI. A média de idade materna ficou entre 20 e 34 anos com pré-natal adequado. Foi identificado que a HAS, obesidade, DM pré-existentes, HAS, ITU E DMG estão relacionadas com prematuridade e SDR. Sabe-se da importância do fisioterapeuta no combate a prematuridade, porém percebe-se a escassez de estudos referentes a atuação do profissional nessa área.

Publicado
2021-06-10
Seção
Fisioterapia