A NOTÍCIA COMO ELA É FEITA: UMA ANÁLISE DO DISCURSO EM MATÉRIAS DE ESQUIZOFRENIA EM PORTAIS PARANAENSES

  • Letícia Pereira dos Santos UniBrasil
Palavras-chave: Análise do Discurso; Jornalismo; Esquizofrenia; Reportagens;

Resumo

Santos Letícia¹

Jornalismo – UNIBRASIL

Orientador: Martins Maura²

 

Resumo

 

Neste presente artigo, será discutido os recursos linguísticos na construção de matérias jornalísticas em portais de notícias paranaense que tratam casos de pessoas com esquizofrenia. O objetivo é analisar, por meio de análise do discurso, quais são as estratégias e recursos utilizados nos portais Gazeta do Povo, Ric e Tribuna do Paraná, para saber a forma de linguagem que se referem a estes casos de esquizofrenia, ainda, discutir os termos empregados nos títulos e manchetes para que os leitores se interessem a ler a notícia  e a comparação entre os portais. Para realizar a análise, serão utilizadas como base teórico-metodológica os estudos de Lago e Benetti (2008) que discutem a análise de discurso. Foram selecionadas 11 matérias para o corpus de análise dos respectivos portais citados anteriormente, no período de janeiro a dezembro de 2019.  Das onze reportagens analisadas no ano de 2019, nos veículos Gazeta do Povo, Ric Notícias e Tribuna do Paraná, apenas uma trazia a voz do portador de esquizofrenia e o que se passava em sua cabeça. Apenas uma reportagem mostrou a fundo o que era a doença esquizofrenia e como as pessoas com essa doença crônica sofrem e o que podem causar quando não estão medicadas, reforçando de certa forma o estigma em casos de violência em que se supõe o diagnóstico da doença em tal indivíduo. Nota-se também que há uma falta de matérias que abordem mais sobre como são e como tratar as pessoas que são esquizofrênicas. Portanto, podemos argumentar que o ambiente cultural da sociedade e o espaço jornalístico andam juntos, o que a sociedade faz o jornalismo tem como papel noticiar. Desta forma é possível concluir que a cobertura jornalística sobre pessoas que sofrem com esquizofrenia está entrelaçada a um fator social que de um certo modo favorece uma visão negativa sobre os transtornos mentais, criando o indivíduo com a doença mental como alguém que deveria ser excluído da sociedade, e, quando for analisado deve ser visto como alguém que comete crimes.

 

   
Publicado
2021-06-11
Seção
Jornalismo