AÇÃO DA GLUTAMINA NA REGENERAÇÃO DE MUCOSA GÁSTRICA E BAÇO DE RATOS SUBMETIDOS AO MODELO EXPERIMENTAL DE HIPERTENSÃO PORTAL PRÉ-HEPÁTICA

  • Francielle França da ROSA
  • Fernanda Christo LOVATO
  • Beatriz Essenfelder BORGES
  • Norma Anair Possa MARRONI
  • Camila Moraes MARQUES
  • Luiz Fernando KUBRUSLY
Palavras-chave: Hipertensão Portal, Esplenomegalia, Ligadura Parcial da Veia Porta, Glutamina

Resumo

Na hipertensão portal (HP) ocorre o aumento da resistência vascular na veia porta e suas tributárias, com dilatação das veias esplâncnicas e se desenvolve circulação colateral para que o fluxo sanguíneo possa alcançar o sistema da veia cava superior, com consequente hiperesplenismo e esplenomegalia. O aumento do baço pode ampliar o risco de ruptura espontânea ou ruptura após trauma menor. Trabalhos tem relatado que a glicoproteína YKL-40 pode contribuir para a remodelação de tecidos e degradação de matriz extracelular. Até o momento, não há nenhum tratamento específico para esplenomegalia. A glutamina, fonte de glutamato, vem sendo utilizada, tendo múltiplos efeitos na estrutura e função do trato gastrointestinal. Este trabalho tem como objetivo avaliar a ação de regeneração tecidual da glutamina em ratos submetidos ao modelo experimental de HP avaliando a expressão de YKL-40 no baço. Neste trabalho serão utilizados 24 ratos machos Wistar (n=6), mantidos a uma temperatura de 22 ± 2ºC, com fotoperíodo de 12h (claro/escuro) e pesando em média 250 gramas. Os animais serão divididos em: Grupo l (Sham Operated + Veículo), Grupo ll (Sham Operated + Glutamina); Grupo lll (HP + Veículo), Grupo lV (HP + Glutamina). O tratamento com a glutamina (25 mg/Kg) iniciará a partir do 8º dia de experimento, diariamente, por via intragástrica. Será realizada pesagem dos animais no início e fim do experimento, além de coleta sanguínea para avaliar integridade hepática e a realização de um hemograma. Transcorridos 15 dias, ocorrerá a eutanásia por exsanguinação com retirada do estômago, fígado e baço que serão pesados e fixados para posterior análise histológica e imunoistoquímica. A análise estatística utilizará teste de variância e de múltiplas comparações, com nível de significância de 5%. A clínica da esplenomegalia é pouco evidente e pode acarretar graves consequências resultantes da compressão extrínseca dos órgãos abdominais a longo prazo. Até o momento, não há nenhum tratamento específico para a esplenomegalia. A importância desta pesquisa assenta-se na possibilidade ampliarmos o entendimento dos mecanismos intracelulares da HP, em especial, a expressão de YKL-40 na esplenomegalia, e as possíveis intervenções na mucosa gástrica e tecido esplênico pelo uso de glutamina. A hipótese é de que existe relação entre o aumento da expressão de YKL-40 e a presença de esplenomegalia e a glutamina tem papel na regeneração tecidual em mucosa gástrica e baço de animais com HP.
Publicado
2016-04-12

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