O AMOR NA ERA TECNOLÓGICA: REFLEXÕES PSICANALÍTICAS

  • Merilyn Werneck do Amaral Ferreira Unibrasil Centro Universitário
  • Alan Kramer Unibrasil Centro Universitario
  • Ana Suy Sesarino Kuss Unibrasil Centro Universitario
Palavras-chave: Amor, Psicanalise, Tecnologia

Resumo

O presente estudo tem como objetivo promover reflexões acerca das influências da era da tecnologia sobre os relacionamentos amorosos nos dias atuais. A pergunta que orientou esta pesquisa foi: quais são os impactos e possíveis transformações na forma dos sujeitos se relacionarem, em uma época em que a tecnologia cresce freneticamente e toma parte do cotidiano das pessoas? A partir da contribuição da leitura psicanalítica buscou-se percorrer alguns pontos no que se refere ao amor e às suas transformações. Freud, em “O mal-estar na civilização” 1930), comenta que a formação dos grupos familiares se dá a partir do amor e do trabalho, desembocando ,assim, na estrutura familiar, que é a pedra angular para a formação do sujeito, sendo modificada de acordo com os tempos da cultura. O amor, na perspectiva da psicanálise, relaciona-se com a falta, que precisa ser reconhecida, para que alguém ame. Entretanto, é fato que estamos em uma sociedade mergulhada no consumismo, onde a falta pretende ser ocultada pela promessa de satisfação pelas vias dos objetos que a cultura oferece. Diante do exposto, algumas questões surgem, tais como: será que os relacionamentos amorosos estão se transformando em mercadorias, produtos que devem ser consumidos instantaneamente e depois descartados? Será que a ditadura da felicidade alcançou a estrutura dos relacionamentos afetivos? Existe espaço para o amor e para o desejo atualmente, sendo que ambos têm relação com a falta? As conclusões apontam para a importância de estudar o lugar do desejo no campo do amor.

Palavras-chave: amor; psicanálise; tecnologia.

Publicado
2018-02-27