AVALIAÇÃO DE CONDIÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS E A FREQUÊNCIA ALIMENTAR DO CONSUMO DE ALIMENTOS PROCESSADOS E ULTRAPROCESSADOS EM CRIANÇAS MENORES DE 12 ANOS

  • Ana Carolina Bettoni Unibrasil
  • Edilceia Domingues do Amaral Ravazzani
Palavras-chave: infância; nutrição; alimentos industrializados; hábitos alimentares; obesidade infantil.

Resumo

Atualmente, a obesidade infantil tem aumentado em todo o mundo devido ao mau hábito alimentar com a grande presença e frequência de alimentos processados e ultraprocessados. Alimentos processados e ultraprocessados, segundo o Guia Alimentar para a população brasileira, são aqueles produzidos pela indústria com modificações na sua forma natural e com adição de aditivos, corantes, açúcar, sal, gordura saturada e gorduras trans. Esses alimentos são poucos nutritivos e apresentam alta densidade energética, são palatáveis, práticos, com longa validade e desta forma bastante atraentes ao consumidor. O objetivo do trabalho foi avaliar condições sócio-econômicas e a frequência alimentar do consumo de alimentos processados e ultraprocessados em crianças menores de 12 anos por meio da aplicação de um questionário online. Participaram da pesquisa 162 crianças, sendo 47,5% do sexo masculino e 52,5% do sexo feminino. Por meio das respostas obtidas foi possível verificar dados sobre nível de escolaridade dos pais, renda familiar mensal, o sexo e idade da criança. Foi identificado, que 60% dos pais têm ensino superior completo e ganham mais de 6 salários mínimos por mês. Quanto à ingestão alimentar das crianças, foi observado que o grupo avaliado consome 1 vez na semana ou mais pão fatiado, bisnaguinha, embutidos, bebidas adoçadas, doces, guloseimas e iogurte, por outro lado foi identificado baixa ingestão de cereais açucarados, macarrão instantâneo, nuggets, batata frita, hambúrguer, pizza e lasanha congelada. Pode-se concluir que nos hábitos alimentares das crianças está presente o consumo em excesso de alimentos industrializados, sendo necessário maior atenção por parte dos pais afim de evitar que este hábito não se perpetue e possa trazer prejuízos à saúde dos filhos e levar ao aumento da obesidade infantil. Considera-se de extrema importância que intervenções sejam realizadas a nível familiar e que estratégias de educação alimentar e nutricional sejam propostas afim de conscientizar os pais da necessidade de se construir hábitos saudáveis desde a infância.

Publicado
2021-11-19
Seção
Nutrição

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