FACES DA CRÍTICA: MONITORAMENTO MIDIÁTICO NOS SITES MÍDIA SEM MÁSCARA E OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA

  • Carolina Baggio EMERENCIANO
  • Giovanna Menezes FARIA
  • Rodolfo STANCKI

Resumo

Espaços de debate sobre a produção jornalística, os observatórios de imprensa no Brasil são compreendidos por José Luiz Braga (2006) como dispositivos sociais que surgem da interação da mídia com a sociedade. Sites, revistas, programas de rádio e televisão que se enquadram nessa categoria são apontadas pelo autor como mecanismos de respostas, pautados pela reflexão crítica sobre a forma e o conteúdo dos jornais. Tais dispositivos possuem diferentes graus de institucionalização, vinculações políticas e interesses ideológicos. De um modo geral, servem para tensionar os processos midiáticos, com objetivos que vão da denúncia de abusos cometidos nos grandes meios nacionais ao incentivo de melhorias na elaboração do conteúdo jornalístico. De acordo com Emerenciano, Machado e Stancki (2015), existem 17 observatórios de imprensa com websites disponíveis para acesso no Brasil. Alguns deles possuem finalidades específicas, como monitorar dados de saúde nos jornalismo e defender o direito à comunicação, enquanto outros abordam a imprensa em geral. Neste artigo, serão colocadas em oposição a crítica de mídia de dois observatórios distintos. O primeiro deles é o Observatório de Imprensa, apresentado no site como um espaço civil, não-governamental, não-corporativo e não-partidário, que busca acompanhar o desempenho da mídia brasileira. O segundo é o observatório Mídia Sem Máscaras, cuja missão é “fiscalizar e mostrar o controle esquerdista sobre a mídia brasileira”. O objetivo deste artigo é entender como essas duas missões resultam em propostas de monitoramento distintos. A partir da observação de procedimentos de atualização e de conteúdos publicados nestes sites, busca-se perceber como as repostas sociais são construídas.
Publicado
2016-06-08

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