REPETIÇÃO: DE FREUD A LACAN

  • LUANA DIAS Centro Universitário Autônomo do Brasil- Unibrasil
  • TIAGO MOSSON SZCZEPANSKI Centro Universitário Autônomo do Brasil- Unibrasil
  • LETICIA FERNANDES KUPKA Centro Universitário Autônomo do Brasil- Unibrasil
  • TALITA VALÉRIO Centro Universitário Autônomo do Brasil-Unibrasil
  • LILIANE MORAES DO AMARAL Centro Universitário Autônomo do Brasil-Unibrasil
  • ANA SUY SESARINO KUSS Centro Universitário Autônomo do Brasil-Unibrasil
Palavras-chave: psicanálise, repetição, pulsão de morte, transferência

Resumo

O presente estudo surgiu a partir de discussões em sala de aula a respeito do conceito de repetição. Freud, o pai da Psicanálise, em seu texto “Recordar, Repetir e Elaborar” (1914), demonstra seu afinco com o estudo da repetição, onde associa a repetição ao conceito de transferência, motor do tratamento psicanalítico. No livro “Além do Princípio de Prazer” (1920) pode-se observar a importância do conceito de repetição na obra freudiana na construção do pensamento psicanalítico. Logo nos primeiros capítulos, o autor nos traz uma descoberta a respeito do funcionamento do psiquismo, ao relatar uma experiência onde observou uma criança pequena de sua família, que, ao ver a mãe partir, toma para si um carretel como objeto de substituição à mãe, com o qual inventa uma brincadeira em que faz o carretel ir embora e depois voltar. É na brincadeira denominada por Freud por “Fort-da” (devido a um jogo de palavras com as palavras em alemão) que se percebe que existe algo que está para além do princípio de prazer e é aí que encontra-se algo da ordem da repetição. Neste texto, Freud destaca com muita ênfase a importância da repetição, relacionando-a com a resistência e a transferência, articulando esses conceitos à pulsão de morte. Lacan, posteriormente, no seminário 11 (1964), destacará a repetição como sendo um dos quatro conceitos fundamentais da Psicanálise. Nesse seminário relacionará a repetição ao campo do simbólico, colocando o objeto a como a engrenagem da cadeia de significantes que leva o sujeito à repetição. Embora pareça que o que se repete é o mesmo, Lacan expõe que a repetição demanda o novo. Tanto Freud quando Lacan apresentam a mesma ideia, de maneiras distintas, do que seria a repetição, destacando este conceito como um dos mais importantes na Psicanálise.

 

Publicado
2016-11-08
Seção
Psicologia

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