CONFLITOS TRABALHO-FAMÍLIA VIVENCIADOS POR PROFISSIONAIS ATUANTES NA ÁREA DE SAÚDE

Resumo

Na atualidade, mulheres e homens têm responsabilidades tanto na esfera familiar quanto profissional. Tais demandas podem significar a emergência de conflitos pessoal-familiares e profissionais por sobreposição ou sobrecarga. Assim, o objetivo deste estudo é compreender os conflitos trabalho-família vivenciados por profissionais da área de saúde pública. Considerando que os conflitos Trabalho-Família aumentaram com a participação da mulher no mercado de trabalho, contribuindo com uma nova configuração no modelo familiar, mostram-se relevantes estudos científicos acerca deste tema. Buscou-se analisar os seguintes fatores: conflitos trabalho-família por sobreposição e/ou sobrecarga, estratégias adotadas para conciliar o trabalho e a família e os impactos da jornada 12x36 nas vivências de conflitos trabalho-família. A metodologia envolveu uma pesquisa qualitativa exploratória e a coleta dos dados ocorreu em uma Unidade de Pronto Atendimento público (UPA) em uma cidade da região metropolitana de Curitiba. Participaram da entrevista 10 profissionais de enfermagem entre os quais 6 atuavam como técnicos de enfermagem e 4 em cargo de chefia, tendo formação de pelo menos superior completo. Diante dos resultados, percebeu-se alguns aspectos que surgem na conciliação Trabalho-Família como: pouco tempo com a família, utilização de folgas para resolver demandas pessoal/familiares e presença de sobrecarga aparece às vezes, pois depende das situações que ocorrem no ambiente de trabalho como: plantão corrido, adiamento de férias, não poder tirar folga entre outros. A principal vantagem apontada da jornada de trabalho (12x36) para a saúde física e mental é reunir as folgas, e a desvantagem o cansaço físico e mental. Conclui-se que a conciliação trabalho/família é uma tarefa complexa para funcionários e empregadores, sendo fortemente influenciada pelo tipo de organização de trabalho, incluindo a característica da jornada de trabalho.