REPRESENTAÇÃO DA CARDIOPATIA CONGÊNITA NA MÍDIA

  • Rodolfo Stancki
  • Beatriz Nennemann Santana
Palavras-chave: Jornalismo, cardiopatia congênita, humanização

Resumo

Este trabalho busca apresentar como a cardiopatia congênita, malformações cardiovasculares que podem causar alterações na estrutura ou no funcionamento do coração, é apresentada na mídia. O problema surge, geralmente, nas primeiras semanas de gestação e necessita de um diagnóstico precoce. O objetivo principal da pesquisa é analisar como as famílias que sofrem com esse problema são retratadas no jornalismo televisivo. Para isso, foi realizada uma análise de conteúdo de vídeos publicados no site G1, por se tratar de um dos veículos de comunicação mais acessado pelo público. O trabalho busca ainda compreender, por meio de pesquisa bibliográfica, o que os profissionais precisam para trazer a humanização dos relatos no jornalismo de saúde. O jornalismo humanizado é definido por Jorge Kanehide Ijuim (2012) como a prática jornalística em que se vai além da informação ou da simples construção de uma narrativa. Envolve também a vivência e a relação entre o repórter e o entrevistado. A metodologia adotada apoia-se na objetividade, sistematização e inferência (RICHARDSON, 2010). Na investigação, foram analisados os 15 primeiros vídeos que apareceram no site G1. Para a busca dos vídeos foi utilizada a expressão “cardiopatia congênita” na ferramenta de busca do portal. O filtro usado foi o que encontrava resultados de maior relevância. A maioria dos vídeos eram de jornais locais de diversas regiões do Brasil. Apenas dois eram de um programa sobre saúde, o “Bem Estar”. O período dos vídeos analisados foi de junho de 2013 a setembro de 2017. Além do conteúdo de cada vídeo, observou-se o programa em que foi veiculado, o título que apareceu no G1, o formato jornalístico, a duração e a data em que foi publicado. Na análise, buscou-se identificar o formato de cada vídeo. Procurou-se identificar o porquê elas foram produzidas e suas diferenças de formato e apresentação. Com a análise dos vídeos foi possível perceber que falta o jornalismo contar mais a história das pessoas que sofrem com a cardiopatia congênita. Dos quinze vídeos analisados, entre junho de 2013 e setembro de 2017, apenas três abordam o cotidiano das famílias. Outras poucas apresentam a cardiopatia congênita para quem não conhece e mostram para as famílias que descobriram que seus filhos são cardiopatas que é possível conviver com essa situação. Logo, percebe-se que existe a necessidade de expandir a cobertura do tema no Jornalismo abordando o dia a dia de quem sofre com a doença para apresentá-la para novos públicos, discutindo quais são os tratamentos. E assim tornar o jornalismo mais humanizado. A análise de conteúdo realizada servirá para o desenvolvimento de um trabalho de conclusão de curso que resultará em um webdocumentário jornalístico sobre a cardiopatia congênita.
Publicado
2019-08-20
Seção
Jornalismo

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