PERFIL BIOQUÍMICO DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS E HIPERTENSÃO ARTERIAL ATENDIDOS EM CLÍNICA DE NUTRIÇÃO

  • Isabela Munhoz Pereira Von Helb Luiz (IC, Biomedicina, UNIBRASIL)
  • Dâmaris Ribas Cordeiro (IC, Biomedicina, UNIBRASIL)
  • Jéssica Terezinha Zardinello (IC, Biomedicina, UNIBRASIL)
  • Amanda Clara Andrade Antunes de Oliveira (IC, Biomedicina, UNIBRASIL)
  • Rayana Ariane Pereira Maciel (Biomedicina, UNIBRASIL)
  • Benisio Ferreira da Silva Filho (Biomedicina, UNIBRASIL)
Palavras-chave: Diabetes mellitus, Hipertensão arterial, Nutrição, Bioquímica

Resumo

Diabetes mellitus (DM) é uma doença metabólica caracterizada por hiperglicemia, resultante de defeitos na secreção de insulina, na utilização da insulina ou em ambos. A hiperglicemia crônica do DM está associada a danos a longo prazo, disfunção e perda funcional de vários órgãos, especialmente olhos, rins, coração e vasos sanguíneos. A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial e está associada a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, cérebro, rins e vasos sanguíneos), com consequente aumento do risco de eventos cardiovasculares. Diante do aumento exponencial de doenças crônicas que envolvem a nutrição, como DM e HAS, faz-se necessária a avaliação antropométrica, alimentar, perfil bioquímico e de hábitos de vida para traçar medidas de condutas individualizadas e adequadas que visem promover resultados mais eficazes e eficientes. O objetivo do estudo foi realizar exames bioquímicos de pacientes atendidos na Clínica Integrada do Centro Universitário Autônomo do Brasil (UniBrasil) e correlacionar com seus respectivos dados clínicos (HAS e DM). Foram realizadas coletas de sangue venoso (jejum alimentar de 10 a 12 hrs) e de dados clínicos de 68 pacientes, no período de agosto de 2017 a junho de 2018. Para confecção dos soros foi realizada a centrifugação do sangue total (10 min, 3.500 rpm) em seguida utilizado para dosagem de glicemia de jejum, colesterol total, colesterol HDL, triglicerídeos, ácido úrico, albumina, ureia e creatinina. Os ensaios correspondiam ao método enzimático e colorimétrico por kits comerciais, exceto para colesterol LDL, calculado através da fórmula de Friedwald. A média de idade dos pacientes foi de 33 anos, sendo que 11,8% tinham DM e 25% tinham HAS. Dos pacientes com DM, 25% são fumantes e 50% fazem atividades físicas. As médias das dosagens no soro de pacientes com DM foram: glicose 95,3mg/dL, triglicerídeos 109,1mg/dL, colesterol total 185,5mg/dL, colesterol HDL 62,7mg/dL, colesterol LDL 96,6mg/dL, ácido úrico 4,7mg/dL, albumina 4,6mg/dL, ureia 33,5mg/dL e creatinina 1,0mg/dL. Dos pacientes com HAS, 12% são fumantes e 24% fazem atividades físicas. As médias das dosagens de pacientes com HAS foram: glicose 93,6mg/dL, triglicerídeos 106,2mg/dl, colesterol total 183,8mg/dL, colesterol HDL 62,0mg/dL, colesterol LDL 96,9mg/dL, ácido úrico 4,7mg/dL, albumina 4,6mg/dL, ureia 33,7mg/dL e creatinina 0,9mg/dL. Após analisarmos estes resultados e calcularmos os índices de risco para doenças coronarianas, constatamos que não havia, pelo menos matematicamente, a possibilidade de início de uma cardiopatia. Esses dados sugerem que os tratamentos realizados com mudança e controle da dieta são capazes de manter normalidade dos valores laboratoriais, mesmo naqueles que fumam, não fazem exercícios físicos e possuem HAS. Esses parâmetros devem ser constantemente acompanhados e a mudança de hábitos e comportamento igualmente realizada.

Biografia do Autor

Isabela Munhoz Pereira Von Helb Luiz, (IC, Biomedicina, UNIBRASIL)
Dâmaris Ribas Cordeiro, (IC, Biomedicina, UNIBRASIL)
Jéssica Terezinha Zardinello, (IC, Biomedicina, UNIBRASIL)
Amanda Clara Andrade Antunes de Oliveira, (IC, Biomedicina, UNIBRASIL)
Rayana Ariane Pereira Maciel, (Biomedicina, UNIBRASIL)
Benisio Ferreira da Silva Filho, (Biomedicina, UNIBRASIL)
Publicado
2019-08-19
Seção
Biomedicina

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