CATEGORIÇÃO DOS CONTEUDOS PODCASTING NO BRASIL

Resumo

Com o advento da internet principalmente a partir do ano 2000, a forma de se fazer jornalismo sofreu uma revolução. O jornalista estadunidense David Klatel (2012) explica que as novas tecnologias criaram incertezas no campo da comunicação. Pois o jornalismo moderno encara um ambiente novo, formado por profissionais que necessariamente não possuem formação jornalística ou não possuem vínculos empregatícios com as empresas de comunicação. Trata-se dos jornalistas independentes ou dos freelances. Porém, mais do que o ambiente e maneira de informar. O jornalismo pós-industrial trouxe novas ferramentas midiáticas. Criando a plataforma multimidiática do consumo de uma notícia. Seguindo esse principio da transformação comunicacional chegamos a ferramenta: podcast, ou seja, é qualquer áudio gravado sem a destinação final para a musica e distribuído através da plataforma RSS na internet. Novidade em 2004/2005 (Umbella, 2013) a forma de se consumir podcast é considerada informativa mesmo que o seu principal objetivo seja o de entreter. Tendo caráter informativo entra nas categorias das mídias de comunicação. Parecido com o rádio, o podcast tem o seu objetivo final totalmente diferente, a começar pelo seu conteúdo extremamente segmentado como explica Léo Lopes (2014), na podosfera (universo do podcast) cada produtor ou produção possui já pré-estabelecido o seu assunto e sua linguagem da qual irá produzir. Para compreender a podosfera, os agregadores dos conteúdos produzidos criaram uma categorização. Elaborar um catalogo do qual é possível compreender diferentes formas de se fazer podcast, auxilia o ouvinte a entender a complexidade da qual a ferramenta se tornou. Nos estados Unidos (país pioneiro) a categorização existe e é mais bem elaborada. Já no Brasil, o ouvinte encontra nos sites e nos aplicativos hospedeiros de podcast o que ele quer ouvir, mas a categorização não é padronizada. O principal objetivo deste estudo é fazer uma varredura usando os principais sites criados a tratar do assunto como o teia-cast (que possui esse objetivo) para evidenciar o modelo de categorização que é seguido no Brasil. Separar os podcast por categoria na visão de Luiz Artur Ferraretto (2016) é o princípio básico para obter noções concretas do que é criado diariamente pelos podcasters brasileiros. Ou seja, relatar através de estudos categorias como: variedades; religião; humor; tecnologia; esportes; sociedade e cultura, entre outros auxilia na compreensão geral do que o profissional que busca trabalhar com a ferramenta precisa buscar dentro de suas produções, pois na prática existe um dinamismo no que é produzido dentro da esfera.