AVALIAÇÃO DE COMPOSTOS BIOATIVOS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE PHYSALIS OBTIDAS EM CURITIBA E REGIÃO Physalis: bioativos e atividade antioxidante

Conteúdo Principal do Artigo

Cristina Peitz de Lima
Karina Simião Cruz Padilha
Adrislaine Silva
Amanda Macedo Gonçalves
André Guilherme Portela de Paula

Resumo

Physalis é uma fruta que pertence à família Solanaceae, originária da Amazônia brasileira e que apresenta muitos nutrientes, como vitaminas e minerais, além de compostos antioxidantes que promovem benefícios para a saúde humana.  Portanto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a concentração de compostos fenólicos, flavonóides, carotenoides, ácido ascórbico e a atividade antioxidante de amostras dos frutos adquiridas no comércio da cidade de Curitiba, PR e Região Metropolitana. Foram obtidas 05 amostras de 100 g de frutos de Physalis, cada amostra foi moída em liquidificador e foi preparado um extrato aquoso para o doseamento dos compostos bioativos e avaliação da atividade antioxidante.  Os valores dos compostos fenólicos obtidos foram entre 23,80 a 51,28 mg/100g, para flavonóides os níveis foram entre 5,43 a 16,16 mg/100g, para ácido ascórbico 16,57 a 58,32 mg/100g, para carotenoides de 9,2 a 16,6 μg g-1. A atividade antioxidante foi alta, variou entre 84,11 e 94,94 % do poder redutor do ácido ascórbico. A atividade antioxidante promovida por muitos frutos é justificada pela presença de compostos fenólicos, flavonóides e ácido ascórbico. As amostras obtidas e analisadas de Physalis, adquiridas em Curitiba e Região metropolitana, apresentam resultados semelhantes ao da literatura de compostos fenólicos, flavonoides, carotenoides, ácido ascórbico e atividade antioxidante.

Detalhes do Artigo

Como Citar
de Lima, C. P., Simião Cruz Padilha, K., Silva, A., Macedo Gonçalves, A., & Guilherme Portela de Paula, A. (2020). AVALIAÇÃO DE COMPOSTOS BIOATIVOS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE PHYSALIS OBTIDAS EM CURITIBA E REGIÃO: Physalis: bioativos e atividade antioxidante . Cadernos Da Escola De Saúde, 19(2), 40-52. Recuperado de https://portaldeperiodicos.unibrasil.com.br/index.php/cadernossaude/article/view/5315
Seção
Artigo Original
Biografia do Autor

Karina Simião Cruz Padilha, Centro Autônomo do Brasil, Unibrasil

Acadêmica do Curso de Farmacia do Centro Autônomo do Brasil, Unibrasil

Adrislaine Silva, Centro Universitário Autônomo do Brasil, Unibrasil

Acadêmica do curso de Farmácia do Centro Universitário Autônomo do Brasil, Unibrasil.

Amanda Macedo Gonçalves, Centro Universitário Autônomo do Brasil, Unibrasil

Nutricionista, formada pelo Centro Universitário Autônomo do Brasil.

André Guilherme Portela de Paula, Centro Universitário Autônomo do Brasil, Unibrasil

Farmacêutico, formado pelo Centro Universitário Autônomo do Brasil.

Referências

1 Lima CSM, Severo J, Manica-Berto, R Silva, JA, Rufato L, Rufato AR. Características físico-químicas de Physalis em diferentes colorações do cálice e sistemas de condução. Características físico-químicas de physalis em diferentes colorações do cálice e sistemas de condução. Revista Brasileira de Fruticultura. 2009; 31(4):1061-1068. Disponível em:< https://doi.org/10.1590/S0100-29452009000400020>
2. Lima CSM, Severo J, Andrade SB, Affonso LB, Rombaldi CV, Rufato AR. Qualidade pós-colheita de Physalis sob temperatura ambiente e refrigeração. Rev. Ceres. 2013; 60(3): 311-317.
3 Bernal AC, Vergara I, Rojano B, Yahia E, Maldonado ML. Características nutricionales y antioxidantes de la uchuva colombiana (Physalys peruviana L.) en tres estadios de su maduración. Archivos Latinoamericanos de Nutrición. 2015; 65(4): 254-262.
4 Muniz J, Molina AR, Muniz J. Panorama produtivo e econômico no Brasil Physalis: Hortic. Bras. 2015; 33(2): 00-00. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-05362015000200023>
5 Brasil. Resolução RDC nº 359, de 23 de dezembro de 2003. Disponível em:. Acesso em 18/09/2019.
6 Oliveira SF. Estudo das propriedades físico-químicas e avaliação de compostos bioativos em Physalis peruviana L. Viseu: Escola Superior Agrária de Viseu. 2016. Mestrao em Qualidade e Tecnologia Alimentar.
7 Severo J, Lima CSM , Coelho MT, Rufatto AR, Rombaldi CV, Silva JA. Atividade antioxidante e fitoquímicos em frutos de Physalis (Physalis peruviana L.) durante o amadurecimento e o armazenamento. Revista Agrociência. 2010; 16(1-4): 77-82, 2010.
8 Alves E, Kubota, EH. Conteúdo de fenólicos, flavonoides totais e atividade antioxidante de amostras de própolis comerciais. Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada. 2013; 34(1):37-41.
9 Lima CSM, Padilha GS, Betemps LD, Rufato, Rossi A, Rufato L. Avaliação física, química e fitoquímica de frutos de Physalis, ao longo do período de colheita. Revista Brasileira de Fruticultura. 2012; 34(4):1004-1012.
10 Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Fundação Oswaldo Cruz. Farmacopeia Brasileira. Volume 1. 5a edição. Brasília: 2010.
11 Lima AR, Barbosa, VC., Santos Filho, PR., Gouvêa C MCP. Avaliação in vitro da atividade antioxidante do extrato de hidroalcoólico das folhas de bardana. Revista Brasileira de Farmacognosia. 2006; 16(4): 531-536.
12. Nascimento LSM, Oliveira EMM, Godoy RLO, Souza MC. Identificação e quantificação de carotenoides em frutos de Eugenia brasiliensis, Lam. XXXV Semana da Química – Rio de Janeiro: Produzindo Ciência há 450 anos. VIII Jornada da Pós-Graduação em Alimentos; 19 a 24 de outubro de 2015. Rio de Janeiro (RJ).
13 Grijalva, E. P. G. et al. Review: dietary phenolic compounds, health benefits and bioaccessibility. Archivos Latinoamericanos de Nutrición. V. 66, n. 2, 2016.
14 Kuskoski, EM, Asuero AG, Morales MT, Fett R. Wild fruits and pulps of frozen fruits: antioxidant activity, polyphenols and anthocyanins. Ciência Rural. 2006; 36(4):1283-1287. Disponível em: < http://dx.doi.org/10.1590/S0103-84782006000400037>
15 Freire JM, Abreu CMP, Rocha DA, Corrêa AD, Marques NR. Quantificação de compostos fenólicos e ácido ascórbico em frutos e polpas congeladas de acerola, caju, goiaba e morango. Ciência Rural. 2013; 43(12):2291-2295.
16 Oliveira JAR, Martins LHS, Vasconcelos MAM, Silva Pena RS, Carvalho AV. Caracterização física, físico-química e potencial tecnológico de frutos de camapu (Physalis angulata L.). Revista Brasileira de Tecnologia Agroindustrial. 2011; 5 (2):573-583.
17 Pereda MSB, Nazareno MA, Viturro AL. Nutricional and Antioxidant Properties of Physalis peruviana L. Fruits from the Argentinean Northem Andean Region. Plant Foods Hum Nutr. 2019; 74(1):68–75.
18 Nijveldt RJ, Nood E., Hoorn DE, Boelens PG, Norren K, Leeuwen PA. Flavonoids: a review of probable mechanisms of action and potential applications. American Society for Clinical Nutrition. 2001; 74(4):418–25.
19 Ferreira DS, Rosso VV, Mercadante AZ. Compostos bioativos presentes em amora-preta. Rer. Bras. Frutic. 2010; 32(3):664-674.
20 Barbosa OS da. Qualidade, compostos bioativos e atividade antioxidante dos frutos de Physalis sp. João Pessoa: Universidade Federal do Paraíba, 2013. Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos.
21 Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) - Ministério da Saúde. Resolução RDC nº 269, de 22 de setembro de 2005. Aprova o regulamento técnico sobre a Ingestão Diária Recomendada (IDR) de proteína, vitaminas e minerais. Diário Oficial da União. 23 set. 2005.
22 DU J, Cullen JJ, Buettner GR. Ascorbic acid: Chemistry, biology and the treatment of câncer. Biochim Biophys Acta. 2012;1826(2):443‐457.
23 Gomes, FS, Carotenoides: uma possível proteção contra o desenvolvimento de câncer. Rev Nutr. 2007; 20(5): 537-548.
24 Khachik F, Beecher GR, Goli MB. Separation, identification, and quantification of carotenoids in fruits, vegetables and human plasma by high performance liquid chromatography. Pure Appl Chem. 1991; 63(1):71-80.
25 Parker RS, Swanson JE, You CS, Edwards AJ, Huang T. Bioavailability of carotenoids in human subjects. Proc Nutr Soc. 1999;58(1):155‐162.
26 Ceres MDL, Campos FM, Mata GMSC, Sant'Ana HMP. Controle de perdas de carotenóides em hortaliças preparadas em unidade de alimentação e nutrição hospitalar. Ciênc. saúde coletiva. 2008; 13(5):1627-1636
27 Lima VLAG, Mélo EA, Lima DES. Fenólicos e carotenóides totais em pitanga. Scientia Agricola. 2002;59(3):447-450.
2 Lima VLAG, Mélo EA, Lima, DES. Efeito da luz e da temperatura de congelamento sobre a estabilidade das antocianinas da pitanga roxa. Ciência e Tecnologia de Alimentos. 2005; 25(1):92-94, 2005. Disponível em: < http://dx.doi.org/10.1590/S0103-90162002000300006>.
29 Santos GM, Maia GA, Sousa PHM, Costa JMC, Figueiredo RW, Prado GM. Correlação entre atividade antioxidante e compostos bioativos de polpas comerciais de açaí (Euterpe oleracea Mart). Archivos Latinoamericanos de Nutrición. 2008; 58(2), 187-192.
30 Kuskoski, EM, Asuero AG., Troncoso AM, Mancini-Filho J, & Fett R. Aplicación de diversos métodos químicos para determinar actividad antioxidante em pulpa de frutos. Ciên. Tecnol Aliment. 2005; 25 (4): 726-732.
31 Licodiedoff S, Koslowski LAD, Ribani RH. Flavonols and antioxidant activity of Physalis peruviana L. fruit at twomaturity stages. Acta Scientiarum. Technology. 2013; 35(2):393-399.
32 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009: análise do consumo alimentar pessoal no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE; 2011.
33 Rodrigues FA, Santos E, Soares, Rodrigues JD, Silva RAL, Pasqual M. Caracterização física, química e físico-química de physalis cultivada em casa de vegetação. Ciência Rural. 2014; 44(8):1411-1414.
34 Rodrigues FA. Caracterização físico-química e anatômica de Physalis peruviana L. Universidade Federal de Lavras. Lavras: Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Fitotecnia. 2011. Doutorado em Agronomia/Fitotecnia.
35 Rodriguez S, Rodriguez E. Effect of intake of Physalis peruviana (aguaymanto) on postprandial glycemia in young adults. Rev. Med. Vallejiana. 2007; 4(1):43-52.
36 Zhang Y, Deng G, Xu X, Wu S, Li S, Li H. Chemical Components and Bioactivities of Cape Gooseberry (Physalis peruviana). International. Journal Food Nutrition Safety. 2013;3(1):15-24.

Artigos mais lidos do(s) mesmo(s) autor(es)

<< < 1 2