Prevenção de “recaída” em dependentes químicos

  • Claudine Maria De Bona Unibrasil
  • Allana Figueiredo Pazotti Unibrasil
  • Cristiano Diniz Unibrasil
  • Dulce Mara Gaio Unibrasil

Resumo

A dependência química caracteriza-se por uma preocupação compulsiva em obter e utilizar determinada substância, apesar das conseqüências negativas sociais e ocupacionais. É uma doença multicausal que é considerada crônica, e, portanto, supõe-se que haja ex-usuários, mas não ex-dependentes. A “fissura”, por sua vez, é uma necessidade urgente, física e psíquica, do dependente químico de utilizar a substância à qual é adicto, que combinada a fatores de risco, pode levar o ex-usuário à “recaída”, ou seja, retorno ao uso da substância. A recaída é considerada um estado de crise caracterizado pelo uso de substância após período de abstinência, e é um acontecimento que mesmo inconscientemente é programado pelo dependente, concretizando-se no momento que este consome a substância. Uma vez que a dependência química é um transtorno crônico, a abstinência é um tratamento contínuo, e o dependente pode se deparar com fatores promotores de recaída no percurso de sua vida. Causa considerada necessária para a recidiva é a presença da substância. Causa suficiente é a presença da substância frente a um dependente químico vulnerável. Causa componente seriam os fatores promotores de recaída para o dependente, como pessoas, hábitos e lugares. Todavia, muitas e variadas podem ser as causas promotoras de recidivas. Portanto, multicausas podem induzir o sujeito ao uso e abuso de drogas, e muitas são as causas que podem levar o sujeito à recaída. Detectar fatores que favoreçam a recaída em dependentes químicos e promover conscientização é importante na prevenção contra recaídas. Evitar a recaída e possível retorno ao uso da droga após um tempo de abstinência é uma das etapas mais importantes do tratamento da dependência de álcool e outras drogas. Multicausas podem ser promotoras da recaída em ex-usuários de álcool e substâncias psicoativas, por isso a importância de detectar fatores de risco, considerando a subjetividade dos indivíduos, e promover conscientização dos sujeitos quanto aos riscos visando oferecer-lhes possíveis ferramentas psíquicas para percebê-los e administrá-los.

Publicado
2016-11-08
Seção
Psicologia