ADESÃO AO TRATAMENTO NUTRICIONAL EM UM AMBULATÓRIO ESCOLA DE CURITIBA

  • Rita Souza SILVA
  • Elaine Luiza JEREMIAS
  • Edilcéia RAVAZZANI
Palavras-chave: Obesidade, Educação nutricional, Pacientes ambulatoriais, Adesão

Resumo

O Brasil vem passando por transformações importantes na área nutricional, decorrente de modificações no comportamento alimentar, devido ao grande uso de produtos industrializados, sedentarismo e estresse da vida moderna, esses fatores podem desencadear a obesidade, desta forma o tratamento é de fundamental importância. No ambulatório escola do UniBrasil é tratamento nutricional, com acompanhamento periódico. É de extrema importância que o paciente tenha adesão e comprometimento para que seu objetivo seja alcançado. A pesquisa procura identificar o perfil dos pacientes e tem como objetivo analisar a adesão ao tratamento. Estudo de caráter transversal, retrospectivo, no qual foram utilizados dados de prontuários dos pacientes atendidos na Clínica de Nutrição do ambulatório de obesidade do UniBrasil, em  Curitiba- PR, no período de 2013 a 2014.Os dados coletados foram, de ambos os sexos e de faixas etárias variadas onde sete crianças (até 10 anos), trinta e quatro adolescentes (de 11 a 19 anos), quarenta e um adultos (de 20 a 59 anos) e cinco idosos (de 60 a 65 anos), resultando em um total de oitenta e sete pacientes. Os dados de interesse foram: gênero, faixa etária, motivo da consulta e números de retornos. A análise dos resultados foi obtida por meio software Epi info versão 7.1.0 de 2010. Em relação aos motivos das consultas, dos 87 pacientes, 16,1% não relataram os motivos da procura, 12,6% relataram motivos diversos, tais como: perda de peso e ganho de massa muscular, adaptação para a menopausa, bexiga hiperativa, ansiedade, redução do colesterol, redução de glicemia e queda de cabelo, 17,2% relataram buscar o atendimento por reeducação alimentar e 54,1% busca a redução de peso. Ao se considerar o retorno 49,4% dos pacientes retornaram, dos quais 48 % eram do sexo feminino e 52% do sexo masculino. Em relação as faixas etárias, 20% dos idosos retornaram, 51,2% dos adultos, 52,9% dos adolescentes, 42,9% das crianças, destes 35,6% retornaram de uma a duas vezes. O retorno apresentado não pode ser considerado adequado uma vez que é insuficiente para atingir um tratamento nutricional apropriado, salienta-se que o grupo que melhor aderiu ao tratamento foi dos adolescentes com 52,9% onde 14,6% retornou de três a seis vezes. Desta forma novas pesquisas devem ser consideradas para determinar o motivo da baixa adesão ao tratamento nutricional.
Publicado
2016-05-03