LEVANTAMENTO DE DADOS DE CEPAS BACTERIANAS COLETADAS NO PROJETO DE FIBROSE CÍSTICA

  • Dayani Brito Melo Centro Universitário Autônomo do Brasil - Unibrasil
  • Larissa Hora Motta Centro Universitário Autônomo do Brasil - Unibrasil
  • Renata Santos Vieira Centro Universitário Autônomo do Brasil - Unibrasil
  • Dilair Camargo Souza Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná
  • Eloise Oliveira Andreata Centro Universitário Autônomo do Brasil - Unibrasil
  • Jannaina Ferreira de Melo Vasco Centro Universitário Autônomo do Brasil - Unibrasil
Palavras-chave: fibrose cística, microrganismos, infecções respiratórias, epidemiologia

Resumo

A Fibrose Cística (FC) é uma doença de característica autossômica recessiva, a qual acomete, principalmente, os pulmões ocasionando infecções respiratórias reincidentes, sendo a principal causa de óbito dos portadores de FC. Dentre os microrganismos principais causadores de infecções, destacam-se Staphylococcus aureus durante a primeira infância, e acredita-se que este microrganismo proporcione um ambiente mais favorável à colonização por Pseudomonas aeruginosa. Esse isolado, em maior frequência, em amostras de respiratório de fibrocísticos durante a adolescência e no adulto, podendo tornar-se crônico e associar-se a presença do fenótipo mucóide. O estudo tem como objetivo compilar o número de cepas de S. aureus e S. aureus (MRSA), P. aeruginosa e complexo B. cepacia, coletadas e armazenadas para estudos no projeto Fibrose Cística, que envolve Iniciação Científica, Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e Extensão dentro do Centro Universitário Autônomo do Brasil – UniBrasil. Para realização desse levantamento foram analisadas planilhas de Excel que continham os dados referentes às cepas armazenadas pelos membros dos projetos. Essas cepas foram obtidas a partir de amostras de escarro do trato respiratório inferior de pacientes com FC, acompanhados no ambulatório de Fibrose Cística do Complexo Hospital de Clínicas – UFPR (CHC-UFPR). Os isolados bacterianos foram previamente identificados no hospital do estudo e transportados, após aprovação no Comitê de Ética e Pesquisa (CEP), ao laboratório de Microbiologia Clínica do UniBrasil e congeladas, para análises posteriores. Foram analisadas as amostras coletadas durante um ano, de julho de 2016 a agosto de 2017, perfazendo um total de 121 pacientes incluídos no estudo. Desses 121 pacientes, 55 (45,4%) eram do sexo feminino e 66 (54,5%) do sexo masculino, sendo que 26 (21,4%) desse apresentavam mais de um microrganismo isolado e 52 (42,9%) mais de uma cultura coletada. A idade dos mesmos foi de 02 meses a 76 anos, com uma média de 12,7 anos de idade. Foram contabilizados 165 (74,7%) do gênero Staphylococcus aureus; dentre eles, 07 (4,2 %) S. aureus (MRSA), 55 (24,88%) P. aeruginosa e 01 (0,45%) do complexo B. cepacia. Portanto, estudos associados aos achados da literatura e aos dados obtidos pela epidemiologia são de importância imprescindível, para o apropriado tratamento empírico das infecções, com base no conhecimento dos patógenos circulantes locais. Assim, essas informações epidemiológicas, recolhidas através de vigilância, são essenciais para apoiar os clínicos e comitês de controle de infecção em seus esforços para prevenir e tratar as infecções, levando à melhores resultados para os pacientes.
Publicado
2018-02-16

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