AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS NA CIDADE DE CURITIBA/PR

  • Franciele de Oliveira de Freitas Centro Universitário do Brasil
  • Andrea Emanuella Chaud Hallvass Centro Universitário do Brasil
  • Scheila Karam
Palavras-chave: Nutrição, Doença Renal Crônica, Hemodiálise

Resumo

A Doença Renal Crônica(DRC) é definida pela perda lenta, progressiva e irreversível da função renal, tendo como desfecho alterações na homeostasia do organismo. O tratamento hemodialítico no Brasil atua em 60% dos casos, possuindo como objetivo a eliminação de líquidos e metabólitos tóxicos através do hemodialisador. As intercorrências nesta população podem ser agudas ou crônicas, sendo o paciente renal em constante risco nutricional pelo catabolismo aumentado, restrição alimentar e hídrica, desnutrição calórico-protéica, sarcopenia, infecções, alterações hormonais e eventos relacionados a sobrecarga cardíaca como morbidades que reduzem a eficácia do tratamento e consequentemente a sobrevida destes indivíduos. O objetivo desta pesquisa, foi de avaliar o estado nutricional de pacientes em tratamento hemodiálitico a fim de demonstrar suas fragilidades e problemas relacionados a perda de peso comuns desta população. Trata-se de um estudo longitudinal com abordagem quantitativa, foram coletados dados de peso seco(Kg), altura (m) e IMC(Kg/m²) e o Escore de Desnutrição-Inflamação (Malnutrition Inflammation Score-MIS). Os dados foram coletados no período de julho a agosto de 2017. A amostra foi composta por 43 indivíduos de ambos os gêneros, com idade entre 19 e 70 anos, em uma clínica de tratamento renal na cidade de Curitiba/Pr. As informações complementares foram coletadas do prontuário médico eletrônico presente no sistema Dialsist da instituição. Os dados coletados foram registrados em uma planilha elaborada no programa Microsoft Excel. Posteriormente, foi realizada a análise estatística parcial dos resultados, onde 58% da amostra era do gênero masculino, o tempo médio de hemodiálise foi de 53,7 meses com desvio padrão de 43,14, idade média de 52 anos, IMC médio de 24,16kg/m² e peso médio de 64,3kg; 9% dos pacientes estavam com IMC abaixo do recomendado, 63% com eutrofia e 28% excesso de peso.55,81% estavam com GPID (Ganho de Peso Interdialítico) acima do recomendado, 37,21% dentro das recomendações e 6,98% abaixo do ideal. Através da correlação entre o tempo de tratamento e o IMC, foi possível concluir que, quanto maior o tempo de tratamento hemodialítico menor é o IMC do indivíduo. Portanto, quanto maior for a exposição do paciente ao tratamento de hemodiálise, maior serão os impactos negativos no estado nutricional desta população.

Biografia do Autor

Franciele de Oliveira de Freitas, Centro Universitário do Brasil
Andrea Emanuella Chaud Hallvass, Centro Universitário do Brasil
Scheila Karam
Publicado
2018-02-27