A COMUNICAÇÃO ACESSÍVEL E O PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR

  • Vanessa Pereira DLUGOSZ
Palavras-chave: Comunicação acessível, inclusão, pessoas com deficiência, educação

Resumo

A comunicação acessível estabelece a oportunidade para todo e qualquer cidadão ter acesso ao conhecimento, à informação. Permite ao deficiente auditivo fazer uso de um interprete de libras, possibilita ao deficiente visual as leituras em braile. Quanto aos transtornos globais do desenvolvimento e suas ramificações, analisadas as maiores dificuldades de permanência, devem ser elaboradas estratégias de acesso à informação, como no espectro autista, a dificuldade mais recorrente dentro da comunicação é a fala, bem como o barulho excessivo. Estes parâmetros estabelecidos permitem uma aproximação maior do comunicador, logo um acompanhamento de sucesso no processo de inclusão.  A comunicação acessível vai muito além de leituras adaptadas, é necessário o acesso de forma que todos possam adentrar aos locais, permanecer neles e conseguir absorver todo o conteúdo. Para tanto é necessária uma analise que corresponde ao planejamento dentro das escolas, meios e métodos facilitadores dessa comunicação; o comprometimento profissional; o posicionamento da sociedade inclusiva; sua importância para que se desenvolva uma comunicação acessível. Possibilitar rampas de acesso para melhor mobilidade de um cadeirante é diferente de acessibilidade, esta abrange uma gama de modificações além das estruturais, para ter acesso à comunicação acessível é preciso que o cadeirante tenha sua mobilidade estruturada e sua acessibilidade garantida. Ao deficiente intelectual a comunicação acessível representa estabelecer uma maneira simples de linguagem para sua melhor compreensão, além do maior tempo destinado a elaboração e realização de tarefas. Na educação, nenhuma escola é igual à outra, por este motivo é difícil estabelecer um referencial equivalente às séries e objetivos. A educação atualmente deve ser flexível, sem deixar de cumprir as metas estabelecidas pelo órgão competente e alterando de acordo com a vivência de cada escola, a necessidade de cada aluno, a fim de possibilitar e abranger o conteúdo sendo ele restritivo ou ampliativo, em sala de aula. Visto isso não haveria uma mudança curricular apenas uma flexibilização de conteúdo, observando a necessidade e expectativa das escolas e suas salas de aula, evidenciando e desenvolvendo a potencialidade de cada aluno, dando a ele a oportunidade de uma comunicação acessível. Devemos quebrar os paradigmas construídos ao longo de nossa existência, somos responsáveis por plantar essa sociedade inclusiva, para que as futuras gerações possam reconhecer o outro, seja ele uma pessoa com deficiência ou não, reconhecê-lo como ser humano único.
Publicado
2016-05-03