Palavras-chave:
CAPS I, Grupo terapêutico, Oficinas terapêuticas,
Resumo
O presente artigo tem por objetivo fazer algumas reflexões a partir da psicanálise, acerca dos efeitos que têm as práticas dos grupos terapêuticos de um Centro de atenção psicossocial infantil (CAPS i) da cidade de Curitiba. A motivação para a criação deste artigo deu-se pela experiência advinda do estágio em um CAPS i, onde foi possível acompanhar, na prática, as variações de história de vida dos pacientes, suas particularidades e a evolução que cada um teve até o momento de alta. O trabalho do CAPS i propõe o acolhimento da criança ou do adolescente, oferecendo-lhe uma escuta humanizada, e a partir disso, é pensado junto à equipe interdisciplinar, um Plano terapêutico singular (PTS), proporcionando ao usuário e à sua família algumas ferramentas importantes para o seu tratamento e cuidados. Com foco na reinserção e desenvolvimento social da criança ou do adolescente, insere-se esse individuo em um grupo terapêutico onde haja espaço para que se trabalhe algumas particularidades de seu caso. Em totem e tabu (1913) Freud mostra que transmitimos as leis sociais pelo inconsciente, produzindo assim a cultura, o que é de grande importância, já que vivemos em uma sociedade e a própria instituição é um grupo. Os grupos terapêuticos são uma ferramenta importante para proporcionar um espaço de escuta ao sujeito para falar de suas questões e dificuldades, além de produzir uma troca de experiências, a qual tira o condutor do grupo (terapeuta ou técnico) do lugar de suposto saber (AZEVEDO & MIRANDA, 2011). O que se conclui com este trabalho é que é de grande importância pensar o lugar dos dispositivos de saúde mental enquanto grupos.