DEZ ANOS DO PROGRAMA FEDERAL BOLSA-ATLETA: MAPEAMENTO DAS MODALIDADES DE INVERNO (2005-2015)

  • Wallinson Ramos Sant ana da LUZ
  • Thaynara do Prado SZEREMETA
  • Ester Biss de ALENCAR
  • Laura Graf RIBAS
Palavras-chave: políticas públicas, bolsa-atleta, financiamento público

Resumo

Os Jogos Olímpicos de Inverno teve sua primeira edição em 1924 em Chamonix, na França. Inicialmente com 9 modalidades, o programa de inverno chegou a 15 modalidades a partir dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2002, com a inclusão do skeleton. Uma vez que o Brasil não reúne as condições ideais para a prática de esportes de inverno, incentivos financeiros são necessários para que atletas permaneçam treinando e competindo no exterior. Estabelecido pelo Governo Federal em 2005, o Programa Bolsa-Atleta é tem o objetivo de fornecer incentivos mensais para atletas de alto rendimento que obtém resultados relevantes em competições dentro de sua modalidade. Inicialmente o programa era separado em 5 categorias (atleta de base, estudantil, nacional, internacional e olímpica). Em 2012 houve a inclusão de mais uma categoria: Atleta Pódio. Como as modalidades de inverno fazem parte do programa olímpico, atletas destas modalidades também podem ser contemplados pelo programa. Dado que o Programa Bolsa-Atleta é uma importante ação para fomentar o esporte no Brasil, inclusive em modalidades de inverno, o objetivo deste estudo é verificar como foi feita a distribuição de recursos para atletas destas modalidades através do Programa Bolsa-Atleta entre os anos de 2005 e 2015. A metodologia se caracteriza como pesquisa documental e de análise qualitativa. Os dados foram obtidos a partir de listas de atletas contemplados, que são divulgadas anualmente pelo Ministério do Esporte e publicados no Diário Oficial da União (DOU). Os dados coletados foram organizados em uma planilha do Microsoft Office Excel e o tratamento estatístico dos dados foi realizado por meio de geração de tabelas e gráficos através da ferramenta “tabela dinâmica” e “gráfico dinâmico”. Os resultados mostram que, mesmo o Brasil sendo um país tropical, apenas 4 modalidades não tiveram atletas contemplados dentro do período (luge, combinado nórdico, saltos de esqui e patinação de velocidade em pista longa e pista curta). Os resultados mostram também que a distribuição das bolsas é feita de maneira desequilibrada, com uma maior alocação de bolsas para atletas de nível nacional e internacional, em detrimento de concessões para atletas de base e atletas estudantis. Desta forma percebe-se que há poucos atletas jovens praticando modalidades de inverno, e que há uma preocupação maior em manter atletas de nível internacional, do que propriamente com a formação e preparação de atletas juvenis.

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