BRINQUEDO TERAPÊUTICO: UM INSTRUMENTO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE MENTAL DO ADOLESCENTE

  • Luis Felipe Biora Comim Acadêmico do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Autônomo do Brasil - UniBrasil
  • Rita de Cássia Niepsui Acadêmica do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Autônomo do Brasil - UniBrasil
  • Emily Corato dos Santos Acadêmica do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Autônomo do Brasil - UniBrasil
  • Elinilde da Silva Martins Acadêmica do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Autônomo do Brasil - UniBrasil
  • Jéssica Camila Furrier de Almeida Acadêmica do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Autônomo do Brasil - UniBrasil
  • Vânia Carvalho de Oliveira Schuertz Docente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Autônomo do Brasil - UniBrasil
Palavras-chave: Brinquedo terapêutico, Adolescência, Saúde Mental, Atenção Primária, Enfermagem

Resumo

Uma das abordagens na assistência à saúde da criança e do adolescente é o brincar, destacando-se assim, o chamado brinquedo terapêutico (BT). Esse modelo constitui-se em um brinquedo desenvolvido para aliviar experiências inabituais à idade da criança/adolescente, com o objetivo de manifestar suas necessidades e demandas, aos olhos do profissional que o assiste. Frente à temática, foi proposto aos alunos do 6º período de Enfermagem do Centro Universitário Autônomo do Brasil - UniBrasil a confecção de um BT para, posteriormente, aplicá-lo em campo de estágio no mês de setembro de 2019, em um Colégio Estadual em Curitiba – PR. Onde verificou-se a necessidade de exteriorizar do adolescente de 12 a 18 anos, problemas e dúvidas a serem sanadas quanto ao uso e abuso de álcool e outras drogas, gravidez na adolescência, violência, questões sexuais, depressão entre outras, além de possibilitar o vínculo com a Unidade Básica de Saúde da região através do levantamento de suas precisões, para serem trabalhadas pela Atenção Primária. Haja vista que é nessa idade que ocorrem maiores danos à saúde mental, devido a transição de uma fase para outra com caráter, demandas e responsabilidades totalmente diferentes, faz-se imprescindível esse cuidado, uma vez que se enfrenta um turbilhão emocional na busca pelo amadurecimento e pela troca da dependência que se tem dos pais para um mundo de regras e valores próprios e alusiva autonomia. O jogo se chama “corrida da saúde mental” e conta com 27 estações em tatames de EVA e imagens impressas sobre questões enfrentadas na adolescência, durante a trajetória até a linha de chegada. É possível até 4 jogadores por vez e para caminhar pelas estações o jogador lança um dado comum de 6 lados. Após a aplicação do jogo será procedido uma roda de conversa, fortalecendo o cunho terapêutico do jogo. O resultado do Projeto encontra-se em desenvolvimento presumindo-se que nos dias 12 e 13 de setembro participem do jogo um total de 32 adolescentes do ensino fundamental e médio. O BT é muito útil no processo de cuidar do adolescente com algum agravo e sua eficácia se dá pelo contexto de seu uso: brincar para reestabelecer saúde e para desvelar sensações/sentimentos supridos inconscientemente. O enfermeiro surge como articulador desse processo permitindo que o adolescente se expresse, divirta, alivie tensões, aprenda e socialize. Como ferramenta de educação em saúde viabiliza a prática dos profissionais da Atenção Básica, favorecendo a integração entre a comunidade, ensino e os serviços de saúde, reduzindo prejuízos associados à amargura psíquica gerada na sociedade atual.

Publicado
2020-01-22
Seção
Enfermagem