COMPORTAMENTO ALIMENTAR DE ESCOLARES NA ATUALIDADE: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

  • Leticia Bortolotto Pitta Centro Universitário Autônomo do Brasil - UniBrasil
  • Edilceia Domingues do Amaral Ravazzani
Palavras-chave: Comportamento alimentar, nutrição, idade escolar, obesidade pediátrica.

Resumo

Os índices de excesso de peso e obesidade infantil vêm aumentando cada vez mais com o passar do tempo e com o crescente consumo de alimentos industrializados relacionados ao sedentarismo. O objetivo foi realizar revisão bibliográfica sobre o tema comportamento alimentar de escolares para subsidiar medidas de intervenção nutricional. A revisão utilizou 9 artigos publicados em diferentes periódicos, tendo os seguintes descritores: comportamento alimentar escolar, obesidade pediátrica, com publicação entre 2009 a 2019, no idioma português. O aumento da prevalência da obesidade representou uma significativa mudança no perfil de saúde e doença no mundo nos últimos anos, os resultados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) de 2008-2009 apontaram para um aumento na prevalência de excesso de peso no Brasil que atingia 33,5% das crianças com idade entre cinco e nove anos, variando de 32% a 40% nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste e, de 25% a 30% nas regiões Norte e Nordeste. Os padrões alimentares inadequados são apontados como os principais fatores para o crescimento de sobrepeso e obesidade e reforçam a hipóteses de que a obesidade durante a infância aumenta as chances da obesidade na vida adulta o que pode contribuir com os riscos de aparecimento de doenças cardiovasculares. Atualmente, há um comportamento alimentar incorreto da criança, que tem elevado consumo de refeições prontas, de fácil preparo e de alimentos ultra processados (ricos em gorduras, açúcares e sódio), juntamente com à ingestão insuficiente de alimentos in natura, tradicionais na dieta. Além da alimentação não saudável em si, há outros fatores como o hábito de se alimentar em frente à TV ou de não realizar refeições em família, e também existem pesquisas que mostram uma tendência em que pais autoritários têm filhos com padrão de normalidade relacionado a peso e IMC, enquanto pais permissivos são os que se encontram filhos com maiores alterações nos padrões de normalidade. Na maioria dos artigos aponta que crianças em idade escolar encontram-se com sobrepeso e obesidade, o que confirma a tese de que o padrão alimentar infantil está fora dos recomendados pelos órgãos responsáveis. Conclui-se que ações de educação nutricional devem estar cada vez mais presente no ambiente escolar, bem como o fornecimento de alimentos mais saudáveis na cantina e a inclusão no currículo da nutrição e da importância da alimentação. É de grande importância que sejam realizadas estratégias de prevenção ao sobrepeso e obesidade infantil, além de ser necessário um maior investimento das políticas públicas relacionadas à promoção da saúde e monitoramento nutricional da criança.

Biografia do Autor

Leticia Bortolotto Pitta, Centro Universitário Autônomo do Brasil - UniBrasil
Edilceia Domingues do Amaral Ravazzani
Publicado
2020-01-22
Seção
Nutrição