A IMPORTÂNCIA DA ESTIMULAÇÃO ESSENCIAL NA INSERÇÃO DA CRIANÇA CEGA NO AMBIENTE ESCOLAR

  • Melissa Xavier Sguario CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIBRASIL
  • Melissa Xavier Sguario CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIBRASIL
Palavras-chave: estimulação essencial, cegueira, inclusão na escola, independência.

Resumo

No universo da criança cega, é fundamental a conscientização dos pais para que iniciem o mais cedo possível a estimulação essencial. Através dela a criança vai criando sua independência e segurança para iniciar sua vida em sociedade e na escola. Considerando que muitas das crianças cegas e de baixa visão são de casais com baixa renda e pouca escolaridade, a estimulação essencial fica ainda mais distante e improvável, seja por falta de conhecimento ou condições. Esta realidade torna a vida de muitas crianças com essa deficiência sem um futuro promissor. Diante disto, esta pesquisa tem por objetivo alertar e orientar famílias, escola e comunidade das possibilidades que a estimulação essencial dá para a criança, deixando claro que a cegueira ou baixa visão não é impedimento para que seus filhos/alunos possam ter futuro e uma vida independente. Para tal, buscou-se informações e contextualização em Carletto (2009), Pieczkowski (2006), Rodrigues (2006) e no IPC (Instituto Paranaense de Cegos) em Curitiba. Em entrevistas e conversas com a coordenadora e psicóloga da instituição, que há 25 anos trabalha na área dos cegos em várias fases, fica evidente que é fundamental a estimulação essencial ser iniciada de 0 a 03 anos, pois, seguindo esse bom desenvolvimento, as fases seguintes contarão com mais possibilidades de inserção na escola e na vida social.

Com tantas maneiras de desenvolver uma criança cega temos os estudos de  Nuemberg (2008) através de suas descobertas e observações mostra que quanto crianças estimuladas precocemente, demonstram surpreendente desenvolvimento da autonomia e do acesso ao direito da cidadania, além disso o trabalho com a coordenação motora facilita no aprendizado do Braile e no processo de alfabetização. Segundo Carletto (2009) a escola é um local de mediação e o professor é o principal mediador. Para isso, ele deve estar consciente de que o aluno considerado normal faz tarefas sozinho e quando vai à escola, continua este exercício de fazer grande parte das coisas sozinho. Ele tem o recurso da visão e da imitação, da exploração do espaço e tantos outros que o possibilitam a tal. No caso da criança cega, além de toda a estimulação para que possa “ver o mundo” com os sentidos remanescentes, o professor ainda deverá estar atento para mediar estas descobertas, ajudando para que as mesmas se tornem significativas. Pretende-se com esse trabalho, por meio da observação e de entrevistas com professores e funcionários do IPC, conhecer mais profundamente o universo da criança cega, suas dificuldades, suas ambições diante de uma sociedade que ainda precisa aprender muito sobre inclusão, de forma a alertar futuros pais que possam ter filhos com essa condição da importância da estimulação essencial e dos benefícios da mesma.

Biografia do Autor

Melissa Xavier Sguario, CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIBRASIL
GRADUANDO DO CURSO DE PEDAGOGIA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIBRASIL
Publicado
2020-01-22
Seção
Pedagogia