Avaliação dietética de crianças com obesidade frequentadoras de um ambulatório escola de uma instituição de ensino superior privado de Curitiba/PR

  • Ana Lucia Moreira Centro Universitário Autônomo do Brasil - UniBrasil
  • Edilceia Domingues do Amaral Ravazzani Centro Universitário Autônomo do Brasil - UniBrasil
Palavras-chave: Obesidade infantil, sobrepeso, hábitos alimentares

Resumo

Uma alimentação equilibrada, variada e saudável nos primeiros anos de vida, garante um bom crescimento pondero-estrutural e um bom desenvolvimento cognitivo, prevenindo doenças. Além de construir os hábitos alimentares que refletiram no estado nutricional e de saúde tanto na infância como na vida adulta desses indivíduos. Com a transição nutricional, a obesidade infantil tem sido a patologia mais presente nos consultórios de nutrição.  Esse problema está relacionado com diversos fatores, dentre eles a introdução alimentar incorreta e os maus hábitos alimentares. Com o objetivo de avaliar os alimentos mais consumidos em crianças com sobrepeso e obesidade, frequentadores de um ambulatório escola de uma instituição de ensino superior privado da região de Curitiba/PR, foi realizado um estudo transversal através de registros do atendimento ambulatorial de nutrição. Foram coletados dados de prontuários de consultas efetuadas no período de 2017 a 2019 de crianças de 2 a 10 anos de idade com sobrepeso e obesidade. As variáveis utilizadas foram: idade, diagnóstico nutricional, estado nutricional, valores dos macronutrientes e micronutrientes (ferro, cálcio, vitamina A e sódio) obtidos pelo recordatório de 24h. Os valores dos macronutrientes e micronutrientes foram calculados através do software AvaNutri – sistema de avaliação nutricional e tabulados e analisados por meio do programa Microsoft Excel. Após a coleta de dados, estes foram analisados pelo teste T student. Foram avaliados 62 prontuários, sendo 30 (48,3%) do sexo feminino e 32 (51,7%) do sexo masculino. Pode-se observar que tanto as crianças mais novas como as mais velhas estão consumindo mais carboidratos, lipídios e proteínas do que a recomendação preconizada para a idade. Entretanto, os valores dos micronutrientes estão abaixo da recomendação diária para crianças de 9 a 13 anos em ambos os sexos e apenas cálcio para as meninas para as meninas de 4 a 8 anos. Os valores de ferro e sódio se mostraram elevados comparados as recomendações para toda amostra avaliada. Houve diferença significativa entre a ingestão de nutrientes entre meninos e meninas (p=0,01), sendo maiores entre as meninas. Conclui-se que o consumo das crianças apresenta inadequações de nutrientes, onde os micronutrientes estão abaixo da recomendação, e os macronutrientes estão acima. É de extrema importância a realização de novos estudos sobre consumo alimentar que impulsionem o monitoramento nutricional e possam contribuir para a implementação de políticas de alimentação e nutrição, para prevenir os principais distúrbios nutricionais da atualidade.

Publicado
2020-01-22
Seção
Nutrição