USO DA TÉCNICA DAS CONSTELAÇÕES FAMILIARES FRENTE À LEI MARIA DA PENHA: INSTRUMENTALIZANDO A JUSTIÇA RESTAURATIVA PENAL

  • Bruna Isabelle Simioni Silva Uninter
  • Lígia Fátima Simões Uninter
Palavras-chave: justiça restaurativa penal, lei maria da penha, constelação familiar sistêmica.

Resumo

A Justiça Restaurativa teve sua origem na cultura anglo-saxônica diante da necessidade de se combater o modelo simplista punitivista-retributivista, na busca de um sistema consensual de resolução de conflitos, que atenda de modo ampliado, às necessidades do agressor e do ofendido. No Brasil, ainda como prática recente, também na seara penal, decorre do expressivo aumento dos conflitos nessa área, face à complexidade da sociedade atual com novas demandas, porquanto os avanços tecnológicos, a nova forma de comunicação e informação, propiciam situações inusitadas, às quais a sociedade, o legislador, o judiciário e os operadores do direito não poderiam prever. Diante desse contexto surge a prática das Constelações Familiares Sistêmicas como uma nova forma de resolução de conflitos. Com o advento da Lei no 11.340/06, que tem por intuito de coibir a violência doméstica contra a mulher, os assuntos concernentes à violência doméstica e familiar, ganharam maior visibilidade no território nacional, e numa clara demonstração de que não se pode banalizar esse assunto, apresentou também, algumas possibilidades para melhor cumprir com seu propósito como, por exemplo, a retirada do agressor do convívio da ofendida, além do imprescindível apoio psicossocial àquela, bem como a preocupação em relação a reincidência do agressor. Sem desvirtuar dos objetivos da referida lei, dentre eles, prevenir, proteger e punir, é necessário buscar o enfrentamento em todas as dimensões interindividuais e estruturais, assim há de se repensar as formas de se atingir a amplitude dos objetivos da Lei, e a aplicação da Constelação Familiar Sistêmica atua na busca dessa materialização, porquanto parece representar uma possibilidade assertiva na concretização do objetivo primaz da Justiça Restaurativa que é a solução global de um conflito.

Biografia do Autor

Bruna Isabelle Simioni Silva, Uninter
Mestre em Direitos Fundamentais e Democracia pelo Centro Universitário Autônomo do Brasil - Unibrasil (2015); Graduada em Direito pelas Faculdades Integradas do Brasil - 2012; Membro do Grupo NUPECONST - Núcleo de Pesquisas em Direito Constitucional do Centro Universitário Autônomo do Brasil - Unibrasil (vinculado ao CNPq); Professora no Centro Universitário Internacional - UNINTER (Disciplinas: Direito Civil V - responsabilidade civil; Direito Penal I; Direito Processual Penal II; e NPJ II - Criminal). Advogada inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil Seção Paraná - com atuação na área criminal.
Lígia Fátima Simões, Uninter
Graduada em Enfermagem pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (1994). Mestre em Biotecnologia Voltada à Saúde da Criança e do Adolescente pela Faculdades Pequeno Príncipe. Especialista em Acupuntura pelo Instituo Brasileiro de Therapias e Ensino (2003) com Advanced Training pela WFAS (The World Federation of Acupuncture - Moxibustion Societies) em Beijing - China. Enfermeira de carreira da Prefeitura Municipal de Curitiba- Secretaria Municipal de Saúde. Docente da Pós-Graduação em Acupuntura pela Faculdade IBRATE com as disciplinas de Quiroacupuntura , Síndromes da Mulher, Fitoterapia Chinesa e Plantas Brasileiras, Prática Clínica 1 e 2. Docente responsável pelo estágio e residência em Acupuntura em Obstetrícia no Hospital e Maternidade Bairro Novo. Docente da Pós-Graduação de Fitotterapia Clínica do Instituto Equilibra e do Instituto TanBrazil com as disciplinas, Fitoterapia no Sistema Uroginecológico e Saúde da Mulher e Fitoterapia Chinesa e Plantas Brasileiras.
Publicado
2020-01-22