COHOUSING

UMA NOVA POSSIBILIDADE DE MORAR, VISANDO A AUTONOMIA, VÍNCULOS E O BEM-ESTAR NA TERCEIRA IDADE

  • Fabiane Goulart da Silva Milléo Unibrasil
Palavras-chave: Idoso; cohousing sênior; neuroarquitetura; design biofílico; bem-estar

Resumo

O envelhecimento da população é um fenômeno crescente no Brasil. Apesar desse processo não ocorrer do mesmo modo entre homens e mulheres, os indivíduos estão cada vez mais preocupados em viver de forma saudável, adquirindo novos hábitos, seja por meio da prática de exercícios físicos, da medicina preventiva ou de uma alimentação mais saudável, buscando um envelhecimento ativo. Por meio da busca pela autonomia, bem-estar e vida em comunidade e entendendo que a arquitetura pode contribuir para um envelhecimento mais saudável, o cohousing sênior – habitação em uma comunidade intencional de forma colaborativa voltada para o público com idade superior a 50 anos, oferece a oportunidade de escolha e planejamento de moradia na terceira idade de maneira sustentável, projetada com conceitos de Neuroarquitetura e Design Biofílico, promovendo vínculos e conexões humanas, resgatando antigos conceitos de vida em comunidade. Os idosos tem a oportunidade de escolher como irão viver e ao lado de quem pretendem envelhecer. A metodologia adotada foi uma pesquisa descritiva com fontes secundárias de pesquisa bibliográfica afim de alcançar o objetivo de compreender como uma nova maneira de morar pode trazer mais autonomia, bem-estar, participação, independência e conexões humanas às pessoas da terceira idade, entendendo o papel do idoso e seus desafios na sociedade e como a arquitetura pode contribuir nesse processo.

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Publicado
2021-06-11
Seção
Arquitetura e Urbanismo