Respeito e empatia no ambiente escolar - Estabelecendo canais de dialogo

  • Marina Elis Domingues UniBrasil
  • Mainara Fernanda Mottin UniBrasil
  • Guilherme Kovalsyki UniBrasil
  • Paula Regina Santos Ferreira UniBrasil
  • Ronaldo Da Mata Silva UniBrasil
  • Cristian Guilherme Valeski de Alencar UniBrasil
Palavras-chave: Psicologia Escolar;, Relações;, Respeito;, Empatia;, Bullying

Resumo

Estudos mostram que a temática do bullying ainda é uma realidade dentro das escolas. Podemos caracterizá-lo como um comportamento onde os protagonistas, denominados agressores, buscam obter vantagens físicas ou sociais sobre as vítimas. Dessa forma, um contexto escolar permeado de violência e medo impedem o bom desenvolvimento psicossocial do aluno e diminui a motivação, afetando o desempenho escolar. Portanto, a construção de um ambiente saudável é de grande importância para o desenvolvimento social e psicológico dos alunos. Dentro do contexto apresentado, torna-se necessária uma atuação preventiva e conscientizadora, promovendo reflexões e abrindo canais de diálogo entre os próprios alunos e com o corpo docente, para que possam entender e respeitar as diferenças individuais. O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma proposta de intervenção realizada no ambiente escolar que buscou sensibilizar os alunos e promover a reflexão sobre relações, baseadas em respeito e empatia. As intervenções foram realizadas em quatro turmas (duas de oitavo e duas de nono ano) indicadas pelas pedagogas por serem apontadas como geradoras de maior desgaste para os professores. Como forma de estabelecer um diagnóstico, conhecer um pouco os alunos e definir um tema central para os encontros foi aplicado, em 10 de setembro de 2019, em um Colégio Estadual localizado em Pinhais-PR, um questionário com os 164 alunos presentes. Após análise dos questionários, realizaram-se intervenções que consistiam na aplicação de dinâmicas e posteriormente a realização de rodas de conversa sobre desrespeito e bullying, bem como as motivações dessas atitudes e os efeitos que podem causar. Com isso, o diálogo com os alunos se deu de maneira reflexiva ocorrendo de formas distintas em cada turma conforme se organizavam e se expressavam. Alguns adolescentes estavam mais introspectivos e outros agitados, o que tornou a tentativa de diálogo menos produtiva. Porém, em outros momentos, houve experiências mais abrangentes com relação às emoções e respeito entre eles, principalmente, com relação à empatia trazendo surpresa quanto a qualidade dos argumentos e postura dos alunos. Por fim, foi possível suscitar uma reflexão e autoanálise a respeito de suas ações no cotidiano. Os alunos puderam avaliar a própria conduta (primeiro passo para haver coesão nas relações grupais) possibilitando pensar e rever suas atitudes, desenvolver uma rede de proteção igualitária e criar um canal de diálogo a fim de que os conflitos sejam expressados de maneira saudável. 

Publicado
2021-06-11
Seção
Psicologia