LEVANTAMENTO DE CASOS DE LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA ENCAMINHADOS PARA UM LABORATÓRIO PRIVADO

  • Bianca Moara Zanoni de Nardin UNIBRASIL
  • Liana Alves de Oliveira Unibrasil
  • Lismeri Wuicik Merfort
Palavras-chave: leucemia mielóide crônica; epidemiologia dos serviços de saúde; citogenética; cromossomo Filadélfia

Resumo

A leucemia mieloide crônica (LMC) é uma patologia que afeta, na maioria das vezes, homens com idade entre 45-60 anos. A causa da patogênese da doença é a fusão do gene ABL do cromossomo 9, com o gene BCR do cromossomo 22, resultando na formação de uma oncoproteína nomeada BCR/ABL. Esse rearranjo está presente no cromossomo 22, conhecido também como o cromossomo Philadelphia (Ph), tendo como resultado um cariótipo hematológico t(9;22)(q34;q11.2). A citogenética convencional é uma das técnicas utilizadas para obter o diagnóstico, observando-se a t(9;22), em metáfases, obtidas pela técnica de RAIMOND (com modificações), confeccionadas em lâminas e passando por uma coloração através da técnica de SCHERES (com modificações). Para a análise do diagnóstico da LMC, através da citogenética, precisa-se de no mínimo um clone de células alteradas, ou seja, com apenas duas metáfases alteradas, consegue-se relatar no laudo a presença dessa anomalia. Já para casos de acompanhamentos, é necessário verificar vinte células, e relatar todas essas células no laudo. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA), não contém dados precisos para a LMC, mas a cada ano aproximadamente 5 mil novos casos de leucemias são diagnosticados, sendo 15-20% correspondente à LMC. Está sendo realizado um estudo epidemiológico, observando-se prontuários de pacientes diagnosticados com LMC, através dos cariótipos hematológicos realizados no setor de citogenética, de uma instituição privada de diagnósticos avançados, situada em Curitiba/PR. Os dados observados foram sexo e idade e o acompanhamento desses pacientes através da citogenética, onde o sexo masculino está com maior incidência nos casos dos anos de 2015 a 2019. Observou-se também que a maior incidência de diagnósticos positivos para a LMC ocorre na faixa etária de 40 a 60 anos, com mais de 40% dos casos. Relata-se também que para 80% dos casos com suspeitas para a LMC o diagnóstico foi positivo, exceto no ano de 2019, onde 53% dos casos suspeitos deram diagnóstico positivo. Esses dados serão comparados com artigos científicos e dados do Instituto Nacional do Câncer. Presuma-se que os dados levantados nesta pesquisa, serão equivalentes às prevalências observadas na literatura.

Publicado
2021-06-11
Seção
Biomedicina