ACOLHER É ESSENCIAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE PREVENÇÃO AO SUICÍDIO
Resumo
O Setembro Amarelo é o mês destinado a alertar e conscientizar as pessoas sobre o suicídio. O presente trabalho tem por objetivo principal relatar a experiência do desenvolvimento de uma campanha a partir de uma disciplina de acadêmicos de psicologia para a prevenção do suicídio, tendo por metodologia a revisão literária, divulgação da campanha a diferentes públicos, num quantitativo o mais expressivo quanto possível sobre a temática do suicídio, vinculando-se a psicologia e sua essencialidade no que tange a prevenção. É uma campanha de relevância social e científica idealizada pela Associação Brasileira de Psiquiatria com o Conselho Federal de Medicina no intuito de levar informação e promover saúde mental a quem precisa, desmistificando tabus, visto que o Brasil é o terceiro país no ranking de mortes por suicídio. Buscou-se parceria com entidade escolar e comercial visando desenvolver um plano de ação conjunta para abranger e sensibilizar as comunidades e reverberar para além desses espaços, assim como panfletagem em outros estabelecimentos comerciais e locais públicos, metodologias utilizadas para atingir o objetivo inicial deste trabalho. A idealização parte da perspectiva da empatia e do fino trato da dor do outro; para tanto foi utilizado desenho infantil na releitura dos sentimentos, caracterizando um propósito intrínseco desta experiência, exibir as diferentes formas de expressar os sentimentos e o sofrimento internalizado. Deste modo é possível ampliar o foco de compreensão uma vez que a dor se verbaliza dentro do campo da linguagem, seja por sinais, gestos ou comportamentos e não somente por via da palavra. Os desenhos evocam uma sensibilidade ímpar condizendo com a necessidade de reflexão do tema, visto que ainda é um assunto delicado, com casos crescentes e notoriamente estigmatizados pela sociedade. Para além do supracitado expõem-se as ações num vídeo de informação e acolhimento e num questionário semiestruturado no qual foi disponibilizado um espaço de articulação do pensamento sobre o suicídio, que permitiu uma tabulação quantitativa dos aspectos de entendimento da população respondente, que totalizaram um numerário de noventa e três participações, considerando-se uma pesquisa satisfatória. Não obstante foram verificadas respostas com pensamentos coléricos e em contornos de prenoção, mas que contribuíram expressivamente na possibilidade de criação de novos intentos com vistas à ampliação das estratégias de intervenção social. Em suma, foi possível compreender que os envolvidos nesta campanha tem entendimento sobre o suicídio, bem como identificam os profissionais capacitados no manejo deste, seja de forma emergencial ou preventiva.