CONTROLE DE QUALIDADE MICROBIOLÓGICO DE PRODUTOS COSMÉTICOS BRASILEIROS: ELABORAÇÃO DE UM PROTOCOLO

Resumo

O uso de cosméticos tem indícios arqueológicos 400 a. C e é muito usado até hoje no mundo inteiro (Galembeck, 2009). Diante da vasta variedade de produtos cosméticos oferecidos no mercado, a gestão de qualidade é uma parte fundamental na fabricação dos produtos, para garantir segurança, qualidade e eficácia. A contaminação microbiológica pode ocorrer em vários estágios da fabricação dos cosméticos, podendo ser proveniente de diversas fontes, como por exemplo através do ar, água, embalagens e equipamentos presentes no ambiente de fabricação (Pitt, 2015). Essa contaminação pode levar a alterações das características físicas dos cosméticos, prejudicando sua eficiência e podendo ocasionar manifestações clínicas indesejadas ao usuário. Por esta razão é de suma importância as boas práticas de fabricação e o controle de qualidade desses produtos (Yamamoto, 2004). Dessa maneira, a elaboração de um protocolo é fundamental para garantir um bom controle de qualidade. Com isso, nosso trabalho tem como objetivo formular um protocolo de controle de qualidade microbiológico para determinados cosméticos. Escolhemos produtos utilizados no dia a dia da população brasileira, com base em uma pesquisa feita pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) juntamente com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), que apontou que os cosméticos com potencial tendência em 2020 são os hidratantes faciais, por conta da alta dos cuidados com a pele. Já o batom e o xampu são considerados alguns dos cosméticos mais usados, portanto também são considerados tendências. A pesquisa do SEBRAE também apontou que as empresas buscam cada vez mais desenvolver linhas com produtos de base natural ou vegana. Devido as situações que o planeta vem enfrentando, sustentabilidade é uma posição importante a se tomar. Uma pesquisa do Laboratório de Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp), apontou que o consumo de cosméticos de origem natural cresce cerca de 8% e 25% ao ano no mundo. Porém, produtos naturais tem consequentemente menos conservantes que os sintéticos o que pode facilitar a contaminação do mesmo. Contudo isso, incluímos no nosso trabalho uma comparação entre cosméticos naturais e sintéticos. Para a realização desse comparativo, compramos cosméticos nacionais sintéticos e com base natural. Iniciamos nossas pesquisas em laboratório no mês de Setembro que irão seguir até Novembro de 2020, pois será avaliado também a qualidade desses cosméticos depois de abertos. O protocolo e as práticas dentro do laboratório, estão sendo baseadas nos manuais e livros da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).