ALERGIAS ALIMENTARES NA INFÂNCIA: RISCO E PREVENÇÃO

  • Ana Carla Strapasson UNIBRASIL
  • Ketelen Milena Sampaio da Silva
  • Edilceia Domingues do Amaral Ravazzani (Orientadora)
Palavras-chave: prevalência; infância; alergias alimentares; crianças; alérgenos.

Resumo

A alergia alimentar refere-se a um grupo de distúrbios com resposta imunológica anormal ou exagerada a determinadas proteínas alimentares que podem ser mediadas por IgE ou não, comuns na infância, sua prevalência tem crescido e atualmente já são consideradas um problema de saúde mundial, afetando negativamente a qualidade de vida dos individuos por ela acometidos. Desta forma torna-se extremamente importante entender as causas das alergias alimentares na infância, para que assim com o conhecimento necessário desta realidade, possa-se intervir de forma assertiva e contribuir para melhora da qualidade de vida das crianças. Diante do exposto o presente resumo tem por principal objetivo apontar quais as principais causas da alergia alimentar em crianças. Para o levantamento das informações foram selecionados artigos disponiveis na integra, nas bases de dados SciELO e PubMed, no período de 2007 a 2020, utilizando os seguintes descritores prevalência, infância, alergias alimentares, crianças, alérgenos, chegando aos seguintes resultados: Scielo foram encontrados 13 artigos incialmente, dos quais 3 foram selecionados para leitura na íntegra, já na base de dado PubMed foram incialmente encontrados 10 artigos, sendo selecionados 2 artigos para o resumo. A maior parte dos estudos avaliados apontaram o leite de vaca como o principal alérgeno mas também citam outros alérgenos em crianças como o ovo de galinha e o amendoim. Também pode ocorrer reações adversas aos alimentos não imunomediadas, causadas por vários mecanismos, como deficiências de enzimas digestivas ou toxinas. Outros estudos, revelam que existe um risco alérgico residual de 15% e 11 em cada 100 recém-nascidos desenvolverão uma alergia posteriormente. Entre os lactentes com risco intermediário com pai ou mãe ou irmão atópico, aproximadamente 25% de todos os recém-nascidos, o risco de desenvolvimento de alergias é de 20 a 40% e 8 em cada 100 recém nascidos desenvolverão uma alergia posteriormente. Como modo de prevenção há três métodos que geralmente são orientados para o controle de alergias alimentares, eliminar e evitar alérgenos específicos, são eles os tratamentos medicamentosos e medidas preventivas. Uma vez estabelecido o diagnóstico definitivo de alergia alimentar, o tratamento consiste na exclusão dos alimentos responsáveis pela reação, a exclusão completa do alimento causador da reação sendo uma forma comprovada de manejo atualmente. Conclui-se que o diagnóstico correto e o acompanhamento podem reduzir os danos das alergias, assim como a busca por um nutricionista é essencial para que os pais obtenham as informações necessárias e possam escolher os alimentos de forma adequada e segura. Dietas de eliminação podem levar à desnutrição e outros efeitos adversos, assim deve-se buscar instruir pais e responsáveis sobre o manejo nutricional de modo a atender as necessidades nutricionais do paciente.

Biografia do Autor

Ana Carla Strapasson, UNIBRASIL
Nutriçao

Referências

DE ALERGIA, Comité Nacional. Food allergy in children: recommendations for diagnosis and treatment. Archivos argentinos de pediatria, v. 116, n. 1, p. s1-s9, 2018.
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Publicado
2021-11-19
Seção
Nutrição

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